Na última quarta-feira (30), o Derby Paulista, válido pela Copa do Brasil, trouxe à tona uma controvérsia que promete ecoar nas redes sociais e nas emissoras esportivas. O gol do Palmeiras, anotado por Mauricio, foi invalidado devido a um impedimento milimétrico de Gustavo Gómez. O episódio não passou despercebido e gerou discussões acaloradas entre jornalistas esportivos, que levantaram questões sobre a aplicação da tecnologia na arbitragem brasileira.
Polêmica sobre o impedimento milimétrico
Durante a partida, o árbitro Wilton Pereira Sampaio não percebeu a irregularidade inicialmente, mas a decisão foi revertida após consulta ao VAR, comandado por Bráulio da Silva Machado. O árbitro de vídeo traçou linhas para definir a posição dos jogadores e chegou à conclusão que o gol deveria ser anulado. Esse tipo de decisão, segundo diversos comentaristas esportivos, poderia ser evitada com a adoção da tecnologia de impedimento semiautomático, que já é utilizada em várias ligas ao redor do mundo.
Jornalistas como Bruno Vicari manifestaram suas opiniões em redes sociais, afirmando que “enquanto não houver o impedimento semiautomático, quem traça as linhas tem o poder de decidir o que é ou não impedimento.” Ele comparou a situação do gol anulado de forma semelhante a outros casos e enfatizou a necessidade de maior precisão na tecnologia utilizada nas partidas.
A opinião dos profissionais
Os comentários não pararam por aí. João Pedro Sgarbi, também conhecido por suas análises incisivas, declarou em sua conta no X (antigo Twitter): “Eu realmente não sei se estava impedido ou não. Nenhum desses dois lances… e esse é o grande problema.” Para ele, a falta de clareza nas regras e a aplicação inconsistente da arbitragem tornam todo o processo ainda mais complicado para torcedores e jogadores.
As declarações de Fernando Campos seguiram na mesma linha, apontando que “toda essa polêmica seria solucionada com algo básico dentro do que se espera de futebol de alto nível.” Campos criticou a ausência do impedimento semiautomático no Brasil, destacando que em 2025 ainda há esse atraso tecnológico no esporte nacional.
O papel da CBF e o áudio do VAR
Na manhã seguinte à partida, a CBF divulgou o áudio da revisão do VAR, que expôs a comunicação entre os árbitros. No áudio, Bráulio da Silva Machado confirmou: “o jogador, atacante do Palmeiras, Gustavo Gómez, está em posição de impedimento. E ele interfere diretamente no jogo.” Este detalhe foi crucial para a anulação do gol, causado pela posição de Gómez no momento do lance.
A revisão durou cerca de dois minutos e a decisão foi baseada em uma diferença milimétrica, onde a cabeça de Gómez estava à frente do ombro de um defensor. Essa situação evidenciou as críticas sobre a precisão do VAR e a urgência por soluções tecnológicas que tornem as decisões mais claras e confiáveis.
Expectativas para o jogo de volta
O duelo entre Corinthians e Palmeiras ainda não chegou ao fim. A partida de volta está marcada para a próxima quarta-feira (6), às 21h30, no Allianz Parque. É esperado um grande público e um clima de expectativa, especialmente após as controvérsias geradas no jogo de ida. O vencedor desse confronto avançará para as quartas de final da competição, o que torna a situação ainda mais intensa.
A importância de se ter uma arbitragem justa, transparente e tecnologia eficaz é um tema que continuará a ser discutido, especialmente em torneios de grande relevância como a Copa do Brasil. A comunidade esportiva espera que a pressão por inovações na arbitragem leve a melhorias que beneficiem não apenas os clubes, mas principalmente os torcedores.
Assim, a discussão segue, enquanto o Palmeiras e o Corinthians se preparam para o jogo decisivo, com os olhos do Brasil voltados para a necessidade de precisão na arbitragem e no uso adequado da tecnologia no futebol.