Brasil, 1 de agosto de 2025
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Fontes renováveis impulsionam desafios e inovação no sistema elétrico brasileiro

A expansão de energias solares, eólicas e a necessidade de maior flexibilidade exigem investimentos em tecnologia e ajuste na operação do setor elétrico

As mudanças climáticas e o crescimento das fontes renováveis, como solar e eólica, impulsionam o setor elétrico brasileiro a buscar maior integração, inovação e resiliência. O aumento do uso de fontes intermitentes exige mudanças na operação e planejamento do sistema, com destaque para a necessidade de maior flexibilidade das fontes convencionais, principalmente hidrelétricas.

Desafios e estratégias para a integração de fontes renováveis

Segundo Marcio Rea, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a entrada forte de fontes renováveis na matriz elétrica demanda maior flexibilidade das usinas hidrelétricas. “Precisamos de fontes controláveis que respondam rapidamente nos horários de pico, garantindo o equilíbrio entre oferta e demanda”, afirma Rea (fonte).

Diogo Scussel, vice-presidente de Operações Estratégicas da Statkraft Brasil, reforça que a gestão inteligente da geração é imprescindível, com investimentos em transmissão, armazenamento, digitalização e soluções híbridas. “O equilíbrio dependerá de tecnologias que assegurem operação flexível e segura”, destaca.

Avanços tecnológicos e o papel das fontes tradicionais

Embora solar e eólica ganhem espaço devido ao menor custo, a intermitência dessas fontes preocupa, levando à necessidade de usinas hidrelétricas, térmicas e energia nuclear como elementos complementares. Filipe Bonaldo, head A&M Infra no Brasil, avalia que a suspensão dos grandes projetos hidrelétricos provavelmente aumentará a utilização de térmicas para reduzir a intermitência, além de reforçar a importância do horário de verão para diminuir a pressão no sistema durante horários de pico.

Transformações na infraestrutura das distribuidoras

De acordo com Marcos Madureira, presidente da Abradee, o aumento da geração descentralizada e o fluxo bidirecional exigem redes inteligentes, capazes de absorver energia em diferentes pontos e horários. “Investimos em automação, sensores e medidores inteligentes para adaptar a rede às novas demandas”, explica Madureira.

O desafio na reconfiguração do planejamento energético inclui a necessidade de priorizar fontes firmes e melhorar a capacidade de resposta às variações climáticas, como ressalta Bruna Correia, especialista em energia. Ela aponta para o uso de armazenamento, expansão da transmissão e aprimoramento do despacho hídrico como medidas estratégicas.

Investimentos e perspectivas para a resiliência do sistema

A Enel planeja investir R$ 25,3 bilhões entre 2025 e 2027 para fortalecer a distribuição, especialmente diante das mudanças climáticas, enquanto a Cemig pretende aplicar cerca de R$ 59 bilhões na melhoria da rede em Minas Gerais até 2029. Segundo Antonio Scala, CEO da Enel, esses recursos visam aumentar a resiliência diante de eventos climáticos severos.

Robson Campos, da Eletrobras, destaca que o aumento de custos operacionais e o papel das térmicas a gás natural se tornam essenciais para garantir estabilidade, especialmente em cenários com maior participação de renováveis variáveis. Aurélio Amaral, da Eneva, reforça que as térmicas complementam as renováveis, com menor impacto de carbono e rápida operação em momentos críticos.

O reforço na infraestrutura de transmissão, armazenamento e tecnologia deve continuar sendo prioridade para assegurar a estabilidade do sistema diante de desafios ambientais e de crescimento do consumo, garantindo a segurança energética e a adaptação às mudanças climáticas.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte.

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