Brasil, 1 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

FMI aprova US$ 2 bilhões para a Argentina apesar dos desafios econômicos

Fundo Monetário Internacional desbloqueia recursos de US$ 2 bilhões, apesar de dificuldades na meta de reservas e queda do peso argentino

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta quinta-feira (31) o desembolso de US$ 2 bilhões para a Argentina, após concluir a primeira revisão do acordo de US$ 20 bilhões firmado com o país. O anúncio ocorre em um momento de instabilidade econômica, com o peso argentino registrando seu pior mês em mais de um ano e dificuldades para alcançar metas de reservas internacionais.

Desafios e avanços no programa do FMI para a Argentina

A aprovação dos recursos simboliza uma consolidação do apoio internacional ao governo de Javier Milei, mesmo diante do não cumprimento de uma meta fundamental de reservas. Segundo comunicado do FMI, o total de desembolsos do programa, conhecido como Serviço Ampliado do Fundo, já chega a US$ 14 bilhões. Contudo, o órgão confirmou que a Argentina não atingiu a meta de aumentar suas reservas líquidas no banco central até meados de junho.

De acordo com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, o início da nova fase do programa teve um “bom começo”, apesar das dificuldades financeiras e da fraca performance das reservas. “A flexibilidade cambial deve ser preservada, ao mesmo tempo em que se mantêm os esforços para reconstruir o colchão de reservas”, afirmou Georgieva, destacando a necessidade de equilíbrio na política econômica Argentina.

Impactos das reformas e cenário atual da economia argentina

Desde o início do programa, em abril, o governo argentino flexibilizou consideravelmente os controles de câmbio e de capitais, uma mudança que visa revitalizar a economia e atrair investimentos internacionais. Apesar do aumento dos fluxos comerciais e de dividendos enviados ao exterior, a moeda argentina enfrentou uma desvalorização de mais de 12% em julho, maior queda desde a sua implementação por Milei.

Analistas apontam que fatores internos, como a redução de dólares vindos do setor agroexportador e a incerteza eleitoral com vistas às eleições de outubro, pressionam o peso. Para fortalecer as reservas, o governo tem recorrido à venda de títulos públicos e acordos de recompra com bancos internacionais.

Perspectivas para o futuro econômico da Argentina

Segundo pesquisa do Banco Central, a economia argentina deve crescer cerca de 5% neste ano, após dois anos de retração. A inflação mensal de maio desacelerou para o menor nível desde a pandemia, embora o peso argentino continue vulnerável às oscilações de mercado e às incertezas políticas. A estratégia do governo de priorizar a estabilidade cambial e reconstituir as reservas será fundamental para garantir a continuidade do programa e a estabilidade econômica no médio prazo.

Para mais informações, acesse o texto completo na Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes