As trocas de provocações entre Donald Trump e Dmitri Medvedev nesta semana elevaram o clima de tensão global, chegando a comentários com tonalidades de ameaças nucleares, em meio ao conflito na Ucrânia.
Tensão cresce com retórica ameaçadora
Na última quarta-feira, Trump alertou Medvedev pelo Truth Social, chamando-o de “falido ex-presidente da Rússia” e advertindo-o a “vigiar suas palavras”. A resposta veio horas depois, com Medvedev citando o sistema nuclear soviético “Dead Hand”, supostamente capaz de disparar retalições automáticas em caso de ataque Rússia.
Jogos de palavras com ameaças veladas
Medvedev afirmou: “Que ele lembre seus filmes de ‘The Walking Dead’, assim como o perigo de o ‘Dead Hand’ — que, embora inexistente oficialmente, poderia ser ativado se necessário.” Essa referência ao sistema de comando nuclear, não oficialmente reconhecido pelo Kremlin, remete ao período da Guerra Fria e mostra o nível de hostilidade da troca.
Implicações e estratégias na disputa
Analistas avaliam que Trump direciona suas provocações a Medvedev, ao invés de Vladimir Putin, como uma estratégia para mostrar força sem bloquear negociações diretas com o presidente russo. Essa tática busca pressionar Moscou sem impedir o diálogo potencial.
Recentemente, Trump reduziu seu prazo para Rússia alcançar um acordo de paz na Ucrânia, de 50 para 10-12 dias, ameaçando impor tarifas secundárias se a condição não for atendida. O movimento foi criticado por aliados, enquanto Medvedev respondeu dizendo que “não cabe a Trump ou a você decidir quando sentar à mesa de paz”.
Dinâmica de confronto e riscos
Especialistas alertam que esse tipo de discurso aumenta o risco de uma escalada onde o episódio poderia sair do controle, especialmente considerando a menção ao sistema “Dead Hand” — pouco conhecido, mas potencialmente destrutivo.
O cenário reforça a complexidade do conflito na Ucrânia, onde declarações militares e retóricas contribuem para a instabilidade global, colocando na berlinda a possibilidade de um confronto mais grave.