O dólar abriu em leve baixa nesta quinta-feira (31), cotado a R$ 5,5693 na venda, enquanto investidores acompanham os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos e a manutenção da taxa de juros pelo Banco Central. O mercado também monitora as negociações diplomáticas entre Brasil e EUA após o decreto que confirma tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Impacto das tarifas e a reação do mercado
Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,38%, cotado a R$ 5,5900, enquanto a bolsa fechou em alta de 0,95%, aos 133.990 pontos. A assinatura do decreto por parte de Donald Trump, que entrará em vigor em 6 de agosto, aumentou a tensão no mercado cambial, afetando o humor dos investidores.
O decreto confirma tarifas de 50% sobre mais de 700 itens brasileiros, incluindo setores estratégicos como suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves e metais. Segundo a Casa Branca, a medida foi adotada devido a uma “ameaça incomum e extraordinária” representada pelo Brasil aos EUA.
Manutenção da taxa de juros pelo Banco Central
O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (30) que manterá a taxa básica de juros em 15%, reforçando a política de cautela diante das incertezas externas. A decisão foi acompanhada de expectativa de estabilidade até o final do ano, enquanto o mercado continua a avaliar as possíveis consequências do conflito comercial.
Repercussões sobre as exportações brasileiras
De acordo com informações da agência de notícias Reuters, aproximadamente 35,9% das exportações brasileiras aos Estados Unidos serão afetadas por tarifas mais altas a partir de agosto. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que, apesar das exceções de produtos, o impacto na economia brasileira pode ser significativo.
Segundo análises do mercado, o cenário de instabilidade deve persistir até que sejam encontradas soluções diplomáticas, impactando o câmbio e os investimentos no país.
Cenário atual do mercado financeiro
O acumulado da semana indica uma leve alta do dólar de 0,52%, enquanto no mês a valorização chega a 2,88%. No entanto, no ano, a moeda acumula uma depreciação de 9,54%. Já o Ibovespa apresenta uma recuperação de 0,21% na semana e uma queda de 3,64% no mês, porém acumula um crescimento de 11,24% no ano.
O mercado permanece atento às próximas movimentações diplomáticas e às possíveis medidas econômicas que possam ser adotadas pelos governos brasileiro e americano para mitigar os efeitos do conflito comercial.
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