A Casa Branca gerou uma onda de críticas após publicar um vídeo que combina um áudio viral conhecido como “Jet2 holiday” com imagens de imigrantes sendo deportados. A postagem, feita na plataforma X, mostra imigrantes com mão amarrada saindo de uma van em direção a um avião, enquanto o áudio satiriza a ideia de que “nada supera uma viagem da Jet2”, uma companhia britânica de turismo.
Conteúdo polêmico e reação pública
O vídeo não trata os imigrantes com respeito, ao não apagar seus rostos, ao contrário dos agentes de ICE, que aparecem com os rostos borrados. Ainda, a narração fala sobre economizar dinheiro em viagens, mencionando uma suposta oferta de “£200 de desconto para uma família de quatro pessoas”, enquanto mostra pessoas cujas vidas estão sendo violentamente alteradas por políticas de deportação.
Após a divulgação, a artista Jess Glynne, cujo hit “Hold My Hand” é utilizado na montagem, reagiu publicamente. Ela afirmou que “esse post realmente me enoja” e ressaltou que sua música promove amor e união, nunca divisão ou ódio. Em uma história no Instagram, ela divulgou dois emojis de palavrões em repúdio à postagem.
Repercussão internacional e críticas
Muitos internautas consideraram a publicação “uma vergonha” e criticaram duramente a escolha do conteúdo pela Casa Branca. Alguns destacaram a inadequação de usar humor e elementos virais para tratar de assuntos sensíveis como a deportação de pessoas.
Especialistas e ativistas também usaram as redes para condenar a postura, com alguns afirmando que essa abordagem coloca a autoridade norte-americana no centro de uma controvérsia internacional. “Isso mostra a insensibilidade do governo em relação às vidas humanas”, opinou Maria Oliveira, especialista em direitos humanos.
Questionamentos e próximos passos
Além da repercussão negativa, o episódio reacende o debate sobre o uso da mídia social na política e os limites do humor em temas sensíveis. Ainda não há uma resposta oficial da Casa Branca acerca da postura adotada na postagem, que muitos consideram inadequada.
Enquanto isso, a controvérsia mostra que o impacto de ações aparentemente triviais na internet pode causar danos irreparáveis à imagem institucional e reforçar o debate sobre responsabilidade social na comunicação pública.