Brasil, 1 de agosto de 2025
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Cartéis mexicanos se infiltram na Legião Internacional da Ucrânia para treinamento de drones

Operativos de cartéis mexicanos buscam aprender táticas de drones na Ucrânia para usá-las contra rivais e forças de segurança dos EUA.

Nos campos de batalha da Ucrânia, uma nova e preocupante dinâmica está surgindo: operativos de cartéis mexicanos estão se unindo à Legião Internacional, um corpo militar composto por voluntários estrangeiros. O objetivo? Aprender técnicas avançadas de combate com drones para aplicar seus novos conhecimentos tanto em conflitos internos no México quanto na luta contra forças de segurança dos Estados Unidos.

A infiltração dos cartéis na Ucrânia

O serviço de contrainteligência da Ucrânia confirmou que está investigando a possível infiltração de cartéis de drogas latino-americanos na Legião Internacional. Junto ao Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) e inteligência militar, essa operação foi iniciada após alertas do Centro Nacional de Inteligência do México sobre a intenção de alguns recrutas mexicanos.

Depois de retornar ao cargo em janeiro, o ex-presidente Donald Trump declarou os cartéis como Organizações Estrangeiras Terroristas, afirmando que “os cartéis se envolveram em uma campanha de violência e terror em todo o Hemisfério Ocidental, que não apenas desestabilizou países importantes para nossos interesses nacionais, mas também inundou os Estados Unidos com drogas letais, criminosos violentos e gangues ferozes”.

Uso de drones na guerra moderna

Esses mesmos grupos agora podem ter acesso a drones de visão em primeira pessoa (FPV), que foram usados efetivamente pela Ucrânia, tanto na linha de frente quanto em incursões em território russo, especialmente na Operação Spiderweb. Os drones FPV foram empregados em ataques coordenados contra ativos de longo alcance da Força Aérea Russa em seis bases aéreas, incluindo Belaya e Dyagilevo.

O interesse sobre o uso de drones não se limita apenas aos operativos ucranianos. Nacionais colombianos também foram mencionados na investigação, levantando preocupações sobre a Ucrânia se tornar um campo de treinamento para atividades criminais.

Um grupo tático chamado ‘Ethos’

Um grupo tático chamado ‘Ethos’, que é uma unidade de língua espanhola dentro da Legião Internacional, é de particular interesse para as autoridades. Eles operam nas regiões de Donetsk e Kharkiv. A teoria predominante sugere que alguns enlistees mexicanos e colombianos têm buscado ativamente colocação em unidades de operadores de drones para obter o treinamento necessário, utilizando documentos fraudulentos para conseguir ingresso.

Um cidadão mexicano, que usou o pseudônimo ‘Águia-7’, inscreveu-se na legião com identificação salvadorenha falsa, fingindo ser um voluntário humanitário antes de realizar um extenso treinamento de drones em Lviv. A familiaridade do ‘Águia-7’ com contramedidas de guerra eletrônica levantou suspeitas, levando a verificações de antecedentes que confirmaram uma possível conexão com as forças especiais GAFE do México, conhecidas por serem uma porta de entrada para o emprego em cartéis.

Intensificação dos ataques com drones

Nos últimos meses, tanto a Ucrânia quanto a Rússia intensificaram os ataques com drones. Em um ataque recente, a Rússia lançou 309 drones e mísseis de cruzeiro, resultando na morte de pelo menos seis pessoas, segundo a força aérea ucraniana. Esses ataques se intensificaram após um ultimato de 50 dias, que foi encurtado para 12 dias, para que Putin encerrasse a guerra na Ucrânia, uma demanda feita por Trump.

Enquanto isso, as autoridades ucranianas continuam a avançar na tecnologia de drones. O presidente Volodymyr Zelensky confirmou, no final de julho, um acordo com Trump para a venda de drones ucranianos para os Estados Unidos, estimando que o contrato poderia valer entre 10 e 30 bilhões de dólares.

Os cartéis mexicanos já utilizaram ataques com drones em suas guerras contra facções rivais e forças de segurança doméstica, sempre em busca de novas maneiras de semear o medo entre os inimigos.

Um futuro incerto para a Legião Internacional

Um oficial anônimo do SBU declarou à Intelligence Online: “Recebemos voluntários de boa-fé. Mas agora devemos reconhecer que a Ucrânia se tornou uma plataforma para a disseminação global de táticas FPV. Alguns vêm aqui para aprender a matar com um drone de 400 dólares, depois vendem esse conhecimento para o mais alto licitante”.

A invasão russa da Ucrânia e a presença de organizações criminosas latino-americanas nessa nova guerra trazem à tona questões complexas sobre segurança e treinamento militar, assim como um futuro sombrio na lucha contra o narcotráfico e a criminalidade.

Essa intersecção entre conflitos internacionais e o crime organizado nos abre um leque de preocupações sobre como o mundo lida com essas novas ameaças.

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