Brasil, 1 de agosto de 2025
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Arcebispo do Vaticano pede cessar-fogo e solução pacífica para Gaza

O arcebispo Gabriele Caccia destaca a urgência humanitária em Gaza e a importância de um diálogo inclusivo para a paz.

Durante a conferência promovida pela França e pela Arábia Saudita, o arcebispo Gabriele Caccia, representante do Vaticano nas Nações Unidas, expressou preocupações urgentes sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza. Ele pediu um cessar-fogo imediato e garantias de proteção para os civis palestinos, ressaltando o papel de Jerusalém e a necessidade de manter sua identidade única.

A preocupação com a crise humanitária em Gaza

Na conferência de alto nível da ONU, que ocorreu em Nova Iorque e abordou a “resolução pacífica da questão palestina e a implementação da solução dos dois Estados”, Caccia fez um apelo a todas as partes envolvidas para que priorizassem os direitos humanos. “A Santa Sé permanece profundamente preocupada com o agravamento da crise humanitária”, afirmou, pedindo uma resposta coordenada à crescente fome e privações que assolam a região.

O arcebispo destacou o trágico impacto do conflito sobre os civis, incluindo a perda de crianças e a destruição de infraestruturas básicas como hospitais e locais de culto. Ele mencionou especificamente o recente ataque à igreja da Sagrada Família, enfatizando a necessidade de apoio ao papel moderador dos cristãos na região que promove o diálogo e a paz.

A importância da solução dos dois Estados

De acordo com a convicção da Santa Sé, “a solução dos dois Estados, baseada em fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas, é a única via viável e justa para uma paz duradoura”. Caccia relembrou que já existem precedentes para tal solução, como o reconhecimento do Estado de Israel por meio do Acordo Fundamental de 1993 e o reconhecimento da Palestina em 2015.

O arcebispo também reafirmou o apoio aos direitos do povo palestino, incluindo o seu direito à autodeterminação e à legítima aspiração de viver em liberdade dentro de um Estado independente e soberano. Essa posição ressalta a necessidade de um diálogo contínuo que respeite as reivindicações de ambos os lados do conflito.

A relevância de Jerusalém

Ao encerrar sua fala, Caccia enfatizou a importância “religiosa e cultural universal” de Jerusalém, instando a comunidade internacional a trabalhar por um status que salvaguarde sua identidade singular. Ele solicitou um estatuto especial que proteja os direitos de todas as religiões presentes na cidade e assegure a preservação do patrimônio cultural e religioso.

Esse apelo por um “estatuto especial garantido internacionalmente” busca garantir que todos os habitantes de Jerusalém possam viver em dignidade, sem intimidações, destacando especialmente a situação dos cristãos na cidade, que têm enfrentado crescentes ameaças.

Promovendo o diálogo inclusivo

O arcebispo concluiu sua intervenção citando o desejo de um diálogo paciente e inclusivo, que possa ser a chave para uma resolução justa e duradoura dos conflitos. “Somente por meio do diálogo conseguimos construir um futuro pacífico”, disse Caccia, reforçando a importância da humanidade no tratamento de crises como a que vive Gaza atualmente.

A esperança expressa pelo Vaticano é que, em tempos difíceis, a força não seja vista como o único caminho para a paz, mas que a determinação para dialogar possa prevalecer em todas as negociações, sinalizando uma possível mudança na trajetória do conflito israelo-palestino.

Para mais informações, acesse a cobertura completa da Vatican News.

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