Brasil, 31 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Trump suspende isenção de minimis para remessas comerciais nos EUA

Ordem executiva assinada por Donald Trump limita remessas de baixo valor, impactando comércio eletrônico e tarifas brasileiras

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (30) a suspensão da isenção de minimis, que permitia a entrada de remessas comerciais de baixo valor sem cobrança de tarifas, informou a Casa Branca. A decisão afeta pacotes com valor de até 800 dólares enviados ao país, a partir de 29 de agosto, e representa uma mudança significativa na política de tarifas do governo americano.

O que é ordem executiva e como ela afeta tarifas

Por meio de uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, pacotes enviados pelos sistemas postais internacionais passarão a ser submetidos a tarifas completas, de duas formas: uma tarifa ad valorem, proporcional ao valor do pacote, ou uma tarifa fixa de entre 80 e 200 dólares por remessa, durante um período inicial de seis meses.

Essa medida já havia sido adotada anteriormente contra remessas vindas da China e de Hong Kong, e faz parte de uma estratégia para reforçar a arrecadação e proteger a indústria local, além de combater práticas de comércio eletrônico de baixo custo. Segundo a Casa Branca, a ação busca “salvar vidas e proteger empresas americanas em meio a emergências nacionais”.

Impacto no comércio eletrônico e remessas globais

Entre 2015 e 2024, o volume de remessas de minimis recebidas pelos EUA cresceu de 134 milhões para mais de 1,36 bilhão por ano. Atualmente, a Alfândega americana processa mais de 4 milhões de remessas diárias, muitas delas oriundas da Ásia, impulsionadas pelo crescimento de plataformas como Shein e Temu, do grupo PDD.

Após a suspensão da isenção de impostos aos pacotes da China em maio, o volume de remessas aéreas vindo daquele país caiu 10,7%, segundo a Reuters. Essas remessas representaram, em 2024, aproximadamente 55% de todas as cargas enviadas da China aos EUA por via aérea, aumento expressivo frente aos 5% de 2018.

Reação e perspectivas

O senador republicano Jim Banks, de Indiana, destacou o impacto da medida: “Por muito tempo, países como a China inundaram nossos mercados com importações baratas e isentas de tarifas.” Para ele, a mudança é uma forma de proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos.

A nova política terá repercussões no comércio exterior, inclusive para países como o Brasil, que exportam remessas de baixo valor ao mercado norte-americano. Ainda não há detalhes sobre efeitos específicos às tarifas brasileiras, mas a medida amplia as tarifas já aplicadas a remessas internacionais, incluindo pacotes de diferentes origens.

Medidas para fortalecer a arrecadação

O projeto de lei recentemente sancionado por Trump revogou a base legal da isenção de minimis globalmente a partir de 1º de julho de 2027, acelerando a implementação das novas regras. A Casa Branca afirma que a ação visa “conter riscos à saúde pública e à segurança nacional”, além de aumentar a arrecadação aduaneira.

Especialistas avaliam que o impacto na logística e no comércio eletrônico global será significativo, especialmente dado o crescimento das compras por plataformas de baixo custo. As mudanças também devem estimular a adaptação de empresas de transporte aéreo e logística, diante das novas tarifas e regulações.

Para saber mais detalhes sobre a medida e seus efeitos futuros, acesse o site oficial.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes