Brasil, 31 de julho de 2025
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Trump assina decreto e oficializa tarifaço de 50% contra o Brasil

Decreto dos Estados Unidos traz exceções a produtos brasileiros, mas impacto na economia ainda pode ser significativo, aponta secretário

Na quarta-feira (30), o governo dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva que oficializa a imposição de tarifas de 50% sobre diversas importações brasileiras. Apesar de algumas exceções terem sido definidas, o secretário do Tesouro Nacional do Brasil, Rogério Ceron, afirmou que o impacto na economia brasileira pode ser relevante, mesmo com as concessões.

Exceções ao tarifaço e avaliação do impacto econômico

A ordem executiva de Donald Trump não se aplica a produtos como aviões, peças, helicópteros, suco de laranja, móveis, combustíveis, ferro e alumínio, entre outros, totalizando mais de uma centena de itens. No entanto, carnes e café não fizeram parte das exceções, o que pode representar risco para setores estratégicos do Brasil.

“Do ponto de vista de efeito econômico, é positivo, é melhor do que o cenário anterior, mas preciso entender um pouco mais o detalhe dele”, afirmou Rogério Ceron durante coletiva em Brasília. Ele destacou que o decreto representa um cenário mais benigno, mas não insignificante, e que seus efeitos precisam ser analisados com cautela.

Negociações e plano para mitigar os efeitos na economia brasileira

O secretário do Tesouro Nacional também comentou que o governo brasileiro tem um plano preparado para minimizar os impactos do tarifaço e que aguarda uma decisão do presidente sobre o momento de anunciar essa estratégia. “Qualquer decisão será comunicada no momento adequado, após os comandos do presidente e ministros”, afirmou Ceron.

Segundo ele, a existência de exceções no decreto “é uma notícia relevante”, pois ameniza parte dos efeitos para setores específicos da economia brasileira. Além disso, Ceron ressaltou que alguns produtos comprados pelos norte-americanos são importantes para a própria economia dos EUA, o que pode abrir brechas para negociações futuras.

Perspectivas futuras e possibilidade de diálogo

Ceron reforçou que o Brasil mantém uma “relação secular” com os Estados Unidos e que diálogo é fundamental para resolver a questão do tarifaço. Ele acredita que as negociações devem contribuir para reduzir os riscos e possibilidades de ajustes na medida americana, que já foi desenhada para se adaptar às mudanças com impacto proporcional aos setores atingidos.

Mesmo com as exceções, o crescimento da preocupação no Brasil levou negociadores a avaliarem que o impacto econômico pode ser reduzido, embora não eliminado completamente. Uma análise do blog da jornalista Ana Flor indica que as concessões trazem um alívio aos setores afetados e minimizam os efeitos do tarifaço.

A lista de produtos excluídos da tarifa deve ser aprofundada ainda mais, a fim de determinar quais segmentos precisarão de ações específicas do governo para mitigar os efeitos negativos dessa medida.

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