Brasil, 31 de julho de 2025
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Trump anunciará sistema privado de saúde com tecnologia de grandes empresas

Novo sistema facilitará o compartilhamento de registros médicos por apps de empresas como Amazon, Apple e Google, mas levanta preocupações de privacidade.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira um projeto que permitirá aos americanos compartilhar seus registros médicos por meio de aplicativos gerenciados por grandes empresas de tecnologia. A iniciativa busca facilitar o acesso às informações em um sistema de saúde fragmentado, mas tem causado receio entre especialistas em privacidade digital.

Desenvolvimento de uma nova rede digital de saúde

Segundo o governo, mais de 60 empresas de tecnologia e saúde, incluindo Amazon, Apple, Google e OpenAI, comprometeram-se a contribuir para criar um ecossistema digital que melhore o acompanhamento dos pacientes, reduza a carga sobre os profissionais de saúde e promova maior valor no atendimento. A medida foi anunciada durante evento no Salão Leste da Casa Branca pelo presidente Donald Trump.

“Por décadas, as redes de saúde dos EUA ficaram defasadas em relação à tecnologia. É hora de modernizar esse sistema”, afirmou Trump na ocasião. Essas ações visam permitir uma troca mais rápida e segura de informações e oferecer ferramentas personalizadas, como aplicativos específicos para diabetes e obesidade, além de assistentes de IA para auxiliar os pacientes. Também estão na mira substituição de formulários em papel por opções digitais de cadastro.

Foco na inovação e na privacidade

O projeto reforça a estratégia do governo de integrar tecnologias avançadas na saúde. O secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., destacou em audiência recente que wearables, como relógios inteligentes, podem revolucionar o setor de saúde, com previsão de que, em quatro anos, todos os americanos utilizem esse tipo de dispositivo.

No entanto, o anúncio foi recebido com ceticismo por especialistas em privacidade. Andrew Crawford, do Center for Democracy and Technology, manifestou preocupação quanto à forma como os dados serão coletados, utilizados e compartilhados pelas empresas envolvidas, especialmente por não serem todas cobertas pela Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros de Saúde (HIPAA), que regula a proteção de informações médicas.

Preocupações e desafios de segurança

Crawford alerta que, caso informações de pacientes sejam utilizadas além do propósito de atendimento — por exemplo, para publicidade direcionada — isso representaria uma violação de privacidade. “Precisamos saber exatamente como os dados serão tratados, quais limites terão, e se os pacientes serão adequadamente informados sobre suas informações pessoais”, explicou.

Próximos passos e impacto

O governo pretende publicar nas próximas semanas uma medida provisória detalhando as regras do sistema. A expectativa é que as plataformas estejam operacionais ainda em 2025, com esforços contínuos para ampliar a segurança e a transparência na troca de informações de saúde.

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