O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (30) um acordo com a Coreia do Sul que prevê uma tarifa de 15% sobre as exportações sul-coreanas, evitando uma tarifa de 25% prevista anteriormente. Além disso, o pacto inclui a compra de US$ 100 bilhões em gás natural liquefeito (GNL) e outros produtos energéticos pela Coreia do Sul, além de um aporte de investimentos no país.
Tarifa de 15% e investimentos na Coreia do Sul
Segundo Trump, a tarifa de 15% representa um avanço nas negociações comerciais com Seul, considerada uma das maiores parceiras comerciais dos EUA, atualmente classificada como o sexto maior parceiro do país. “Concordamos com uma tarifa para a Coreia do Sul de 15%. A América não será cobrada com uma tarifa”, afirmou o president na sua rede social.
O presidente explicou ainda que a Coreia do Sul concordou em comprar US$ 100 bilhões em GNL e outros produtos energéticos, além de investir uma quantia significativa em projetos de desenvolvimento econômico no país. Trump também afirmou que os investimentos na Coreia do Sul serão direcionados pelo próprio governo, similar ao fundo soberano prometido ao Japão, de US$ 550 bilhões, como parte de uma estratégia de redução tarifária.
Acordo com o Paquistão e negociações de petróleo
Mais cedo, Trump informou sobre um acordo com o Paquistão para o setor petrolífero, onde os dois países irão colaborar no desenvolvimento de reservas de petróleo. O presidente destacou que há um processo seletivo em andamento para definir a empresa responsável por liderar essa parceria, sem revelar detalhes específicos.
“Talvez um dia eles (Paquistão) estejam vendendo petróleo para a Índia”, comentou Trump, sem mencionar possíveis tarifas ou restrições comerciais ao país asiático. Em abril passado, os EUA haviam imposto uma tarifa de 29% sobre produtos paquistaneses, mas o atual acordo ainda não detalha alterações nessa política.
Contexto e desdobramentos comerciais
O pacto com a Coreia do Sul evita a implementação das tarifas adicionais que seriam cobradas a partir de agosto, além de promover uma maior cooperação energética e de investimentos bilaterais. Trump afirmou ainda que as negociações continuam e que a Casa Branca “está ocupada” trabalhando em novas tratativas comerciais.
Analistas avaliam que os acordos refletem uma estratégia do governo americano de reforçar alianças na Ásia, ao mesmo tempo em que diminui as tensões comerciais atualmente em alta. A expectativa é de que as decisões impactem positivamente as relações econômicas entre os países e fortaleçam as parcerias de Washington na região.
