Brasil, 30 de julho de 2025
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Tem como barrar tarifaço? Lula está disposto a ligar para Trump

Empresas americanas preveem repasse de custos das tarifas de Trump para consumidores, enquanto Lula avalia contato com o presidente dos EUA

Devido às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump a diversos países, empresas nos Estados Unidos já preveem aumentar preços para compensar os custos adicionais. Entre elas, a Procter & Gamble anunciou que elevará os preços de cerca de 25% de seus produtos no país a partir da próxima semana, refletindo o impacto das medidas tarifárias.

Tarifas de Trump ameaçam consumidores e empresas americanas

Desde o anúncio das tarifas em 2 de abril, muitas companhias de bens de consumo, alimentos e bebidas vêm enfrentando desafios diante de custos elevados. Segundo informações divulgadas nesta semana, a P&G pretende elevar os preços em todas as categorias, com reajustes médios de um dígito, para tentar equilibrar suas contas. A medida visa mitigar a pressão causada pelas tarifas, que atingem produtos importados, incluindo itens essenciais para o mercado doméstico.

Repercussões financeiras e reação do mercado

As ações de empresas como P&G, Nestlé, Kimberly-Clark e PepsiCo tiveram quedas que variaram entre 7% e 20% desde o início do impacto tarifário. Enquanto o índice S&P 500 subiu mais de 13% no mesmo período, companhias de bens de consumo amarguram vendas fracas e altas expectativas de dificuldades futuras, alimentadas pelo aumento dos custos e a cautela dos consumidores perante os preços elevados.

Bill George, ex-presidente da Medtronic e professor da Harvard Business School, afirmou que empresas como Walmart, Amazon e Best Buy terão de repassar esses aumentos ao público, o que pode pressionar ainda mais o consumo na economia americana.

Lula avalia ligar para Trump para evitar aumento de preços

Apesar do cenário adverso, a possibilidade de uma intervenção diplomática surge nos bastidores. O presidente Lula estaria disposto a estabelecer contato direto com Donald Trump, na tentativa de negociar uma redução ou suspensão das tarifas que penalizam tanto empresas quanto consumidores brasileiros e estadunidenses. A ação busca evitar prejuízos econômicos adicionais, especialmente em setores que dependem de importações dos EUA.

Estoque e efeitos futuros na inflação

Analistas apontam que muitas empresas anteciparam envios de mercadorias para os EUA antes da implementação das tarifas, o que pode adiar o impacto inflacionário até o quarto trimestre de 2025 ou o início de 2026, momento no qual os estoques atuais se esgotarão. Assim, o efeito real das tarifas ainda não foi totalmente percebido nos preços ao consumidor.

Cenário internacional e perspectivas econômicas

O conflito tarifário entre os dois maiores mercados do mundo mantém o universo empresarial em alerta. Especialistas avaliam que, enquanto Trump demonstra disposição de impor tarifas, há espaço para negociações diplomáticas, como indicam declarações de Lula. Caso as tarifas sigam aumentando, o consumidor final será o principal afetado na cadeia de produção e distribuição.

Para o economista André Wilson, vice-secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional, a resolução do impasse dependerá de negociações políticas. “Se houver uma intervenção diplomática, pode-se evitar aumentos mais severos. Caso contrário, o impacto na inflação e nos preços ao consumidor será inevitável”, alerta Wilson.

Mais informações sobre as tarifas e seus efeitos podem ser acompanhadas em aqui.

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