Brasil, 31 de julho de 2025
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Tarifas de Trump ameaçam produtos brasileiros e latino-americanos

Estados Unidos preparam aumento de tarifas em diversos produtos, impactando exportações de países como Brasil, Colômbia e Equador

Os Estados Unidos estão se preparando para aumentar as tarifas sobre uma variedade de produtos de países latino-americanos e outros parceiros comerciais na próxima sexta-feira, caso não cheguem a um acordo com o presidente Donald Trump. A medida pode elevar custos empresariais e preços ao consumidor, ameaçando desacelerar o consumo no maior mercado do mundo.

Impactos das tarifas americanas na economia latino-americana

Desde abril, a maioria dos países da América Latina foi submetida a um aumento tarifário mínimo de 10%, afetando produtos como café, cacau, frutas, além de eletrônicos. Produtores de regiões como Argentina, Peru, Colômbia, Equador e Chile têm preocupações devido à elevação de custos de exportação e à possibilidade de redução na competitividade de seus produtos.

Por exemplo, os exportadores de bananas, que em 2024 fizeram negócios de quase US$ 2,8 bilhões com os Estados Unidos, poderão sofrer com tarifas adicionais ao entrarem no mercado americano. Segundo o Observatório da Complexidade Econômica (OEC), os principais fornecedores de bananas incluem Guatemala, Equador, Costa Rica, Colômbia e Honduras.

Produtos potencialmente afetados pelas novas tarifas de Trump

A nova pressão tarifária pode impactar produtos essenciais na economia brasileira e latino-americana, como café, cacau e alimentos, além de setores de tecnologia e vestuário.

Grãos e commodities

O Brasil, maior fornecedor de café para os Estados Unidos — que representam mais de 30% das importações, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) — pode ser alvo de tarifas adicionais de até 50%. Trump ameaçou aplicar essa taxa devido à sua disputa judicial com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo em que o café brasileiro enfrenta competição com fornecedores como Colômbia e Vietnã.

Em relação ao cacau, o Equador, maior exportador para os EUA, registrou uma sobretaxa de 21%, enquanto a tarifa mínima de 10% favoreceu a competitividade do cacau equatoriano frente ao da Costa do Marfim, que sofre uma sobretaxa de 50%.

Produtos de tecnologia e vestuário

Com a implementação, produtos eletrônicos e videogames, como o console Switch 2 da Nintendo, que foi lançado em abril, podem sofrer aumento de preço entre US$ 75 e US$ 100 — cerca de R$ 418 a R$ 557 na cotação atual. Além disso, o impacto nas roupas e calçados importados de países como Vietnã, Bangladesh, Quênia e Lesoto pode elevar os custos em até 37%, de acordo com estimativas da Universidade de Yale.

Consequências para o setor agrícola

O impacto também se reflete na agroindústria. Os Estados Unidos, um grande consumidor de arroz aromático, importam aproximadamente 1,3 milhão de toneladas por ano, principalmente de Tailândia, Índia e Paquistão, que terão tarifas entre 25% e 36% a partir de sexta-feira. Produtores de café na Colômbia, por sua vez, ainda aguardam definição sobre novas tarifas da Casa Branca, que atualmente aplica uma sobretaxa de 10%.

Protestos e reações

Manifestantes de esquerda realizaram na Avenida Paulista um ato contra as tarifas de Trump e a taxação dos super-ricos, demonstrando a resistência popular às medidas tarifárias, que podem trazer efeitos negativos para consumidores e setores produtivos.

Perspectivas futuras

A expectativa é que a implementação das tarifas seja confirmada na próxima sexta-feira, o que pode desencadear uma escalada de aumentos de preços em diversos setores e da tensão comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros. Estados como Vietnã, Bangladesh, Lesoto e Tailândia terão tarifas adicionais que podem elevar ainda mais o custo de produtos básicos para consumidores americanos e latino-americanos.

Para mais informações, confira o artigo completo no O Globo.

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