Brasil, 31 de julho de 2025
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Superintendente do DNIT é alvo de operação da PF contra CBF

Polícia Federal realiza busca e apreensão em Roraima no âmbito do inquérito que investiga compra de votos nas eleições municipais de 2024.

A operação da Polícia Federal (PF) em Roraima, que mira o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, também atingiu outros nomes relevantes, incluindo o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Igo Gomes Brasil. Os investigadores abriram os locais relacionados ao superintendente na manhã desta quarta-feira (30/7), como parte de uma investigação que apura a possível compra de votos nas eleições municipais de 2024.

Operação e Mandados

A operação, conhecida como “Caixa Preta”, resulta de um inquérito em andamento que investiga a origem de valores suspeitos encontrados com o empresário Renildo Lima, detido no ano passado com dinheiro oculto. A PF executou um total de 10 mandados de busca e apreensão, além de bloquear judicialmente mais de R$ 10 milhões nas contas dos investigados. Juntamente com Samir Xaud e Igo Gomes, a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) também foi alvo das buscas.

Na residência de Xaud em Roraima e na sede da CBF no Rio de Janeiro, mandados foram cumpridos para coletar evidências relacionadas às alegações de compra de votos. O primeiro suplente do MDB na Câmara dos Deputados por Roraima, Xaud, que é médico de formação, sempre esteve em contato com as principais esferas de poder político e esportivo do país.

Desdobramentos e Contornos da Investigação

Três dias antes da operação, Xaud se reuniu em Brasília com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, onde discutiram possíveis cooperações entre a CBF e a PF. Essa proximidade gera discussões sobre segurança e integridade no âmbito do futebol e suas interações com a política.

Fontes da PF informaram que, embora a deputada Helena estivesse em Roraima na madrugada da operação, ela não se encontrava em sua casa quando os policiais chegaram. Isso levanta questões sobre a logística e a coordenação dos envolvidos na investigação.

Reação da CBF

Em resposta ao ocorrido, a CBF emitiu uma nota oficial confirmando a presença dos agentes da PF em sua sede. A entidade destacou que Xaud está “à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos” requeridos. A nota explica que a operação não está diretamente vinculada à CBF ou ao futebol brasileiro e assegura que nada foi apreendido durante a busca realizada na entidade.

Conforme a CBF, “até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação” e que o presidente permanece tranquilo em relação ao desenrolar dos eventos. A manifestação se mostra uma tentativa de separar as questões administrativas da CBF das investigações de natureza política.

A Implicação das Eleições de 2024

Esse desenrolar é um importante indicativo da tensão política que já começa a se manifestar com a aproximação das eleições municipais de 2024. A “Caixa Preta” busca esclarecer denúncias que podem impactar profundamente a dinâmica eleitoral a nível municipal, especialmente em Roraima, onde os envolvimentos políticos são frequentemente interligados e complexos.

As consequências dessa investigação ainda são incertas, mas podem provocar mudanças significativas nas práticas de campanha e nas relações entre políticos e a administração esportiva no Brasil. A operação da PF ilustra a busca por maior fiscalização e transparência nos processos eleitorais, ressaltando a importância de combater a corrupção em todas as suas formas.

Em um cenário onde a política e o esporte parecem se entrelaçar cada vez mais, a continuidade dessa investigação será observada atentamente pela sociedade e pela comunidade esportiva no Brasil. O que levará os envolvidos a reavaliarem suas estratégias e posturas nesse ambiente tão tempestuoso.

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