Um terremoto de magnitude 8.8, o sexto mais forte já registrado na história, atingiu a Península de Kamchatka, na Rússia, nesta quarta-feira (30). O evento sísmico provocou alertas de tsunami em Rússia, Japão e Estados Unidos, além de deixar várias pessoas feridas e desalojadas.
Terremoto de grande magnitude na Rússia provoca alertas globais de tsunami
O sismo ocorreu às 8h25, horário local, centrado a aproximadamente 119 km a leste-sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade com cerca de 165 mil habitantes, segundo o Serviço Geológico dos EUA. Inicialmente, a magnitude foi estimada em 8.0, mas posteriormente foi atualizada para 8.8, tornando-se uma das mais poderosas já registradas no planeta, emparelhada com o terremoto de Biobío, no Chile, em 2010, e Esmeraldas, no Equador, em 1906.
O terremoto causou um tsunami de até 4 metros de altura, que atingiu a cidade de Severo-Kurilsk, na costa leste da Rússia, inundando o porto e levando à evacuação da população local, estimada em cerca de 2 mil pessoas, conforme o Ministério de Emergências da Rússia. Até o momento, há relatos de várias pessoas feridas e de múltiplos eventos de réplicas, com estimativa de que possíveis novos sismos de até magnitude 7,5 possam ocorrer nas próximas semanas.
Impacto no Arco de Kuril-Kamchatka e regiões afetadas
Vários tremores menores ocorreram desde o terremoto principal, reforçando a atividade sísmica contínua na região, que também registrou um forte sismo de magnitude 7,4 em 20 de julho, considerado um precursor do evento atual. A área é conhecida por sua frequência de terremotos, incluindo o devastador de 1952, que alcançou magnitude de 9.0.
“Este foi o terremoto mais sério em décadas na região”, afirmou Vladimir Solodov, governador de Kamchatka, em vídeo divulgado pelo Telegram. Os riscos de réplicas persistentes e de um possível aumento do nível do mar motivaram a emissão de alertas oficiais de tsunami na região.
Alertas de tsunami e orientações para a população
Autoridades de vários países, incluindo Japão e Estados Unidos, emitiram alertas de tsunami e colocaram áreas costeiras em estado de vigilância máxima. O Japão, por exemplo, emitiu um alerta de tsunami às 9h40, hora local, mudando a classificação de aviso de inundação para um aviso de tsunami, recomendando a evacuação imediata das áreas próximas ao litoral.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA informou que os níveis de alerta variam de aviso de tsunami, que é o mais severo, até aviso e informações adicionais. O Japão prevê ondas de até 3 metros, mas alertou que a altura das ondas pode exceder essa estimativa e que múltiplas ondas podem atingir a costa, prolongando o período de risco.
Autoridades recomendam que a população se dirija às áreas elevadas, evite retornar ao litoral até a confirmação de segurança e siga as orientações das equipes de emergência. Para acompanhar as atualizações mais recentes, acesse o site tsunami.gov.