Um grupo internacional de alpinistas inicia nesta quarta-feira uma operação por terra para tentar resgatar a ex-biatleta alemã Laura Dahlmeier, de 31 anos, bicampeã olímpica e atualmente dedicada ao montanhismo. Ela sofreu um grave acidente no pico Laila, na cordilheira de Karakoram, no norte do Paquistão, e está desaparecida desde segunda-feira. Segundo autoridades locais, ela não apresenta sinais de vida.
A gravidade do acidente
A atleta foi atingida por uma queda de pedras logo após alcançar o cume da montanha, situada a pouco mais de 6 mil metros de altitude. Um companheiro de expedição acionou imediatamente o socorro, mas, devido ao isolamento e à altitude extrema — cerca de 5.700 metros —, um helicóptero só conseguiu se aproximar do local na manhã de terça-feira, sem conseguir alcançar o ponto onde ela se encontra.
Areeb Ahmed Mukhtar, autoridade local, declarou à agência AFP: “As condições são extremamente difíceis, impossibilitando o uso de aeronaves para o resgate.” Essa situação tornou ainda mais desafiadora a operação de busca pela alpinista, que conta com um time especializado.
Equipe de resgate
A empresa organizadora da expedição, Shipton Trek & Tours Pakistan, informou que a missão de resgate será realizada por um time formado por três alpinistas americanos e um alemão. Eles seguirão por terra até a área onde Dahlmeier foi vista pela última vez, esperançosos em encontrar sinais de vida e resgatar a atleta.
Do ouro olímpico ao montanhismo extremo
Laura Dahlmeier é considerada uma das maiores biatletas da história. Ela brilhou no Mundial de Hochfilzen, em 2017, ao conquistar cinco medalhas de ouro e uma de prata. No ano seguinte, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, ela levou para casa duas medalhas de ouro (esprint e perseguição) e uma de bronze (individual). Apesar de seu sucesso nas competições, Dahlmeier decidiu se aposentar precocemente em 2019, aos 25 anos, para se dedicar ao alpinismo, uma paixão antiga.
Expedições recentes e conquistas
Desde junho, a atleta estava no Paquistão participando de expedições de montanhismo. Nas últimas semanas, ela havia escalado a Grande Torre do Trango, que se eleva a 6.286 metros. Além disso, em novembro passado, ela fez história ao escalar o Ama Dablam, no Himalaia, quebrando o recorde de velocidade na ascensão. Essas conquistas demonstram não só seu talento, mas também sua coragem em enfrentar desafios extremos.
O incidente que deixou Laura em perigo evidencia não apenas os riscos do montanhismo, mas também a complexidade de resgates em áreas remotas e de difícil acesso. A comunidade do alpinismo e os fãs da atleta estão acompanhando a operação com esperança, torcendo pelo sucesso da equipe de resgate.
As próximas horas são cruciais para Laura Dahlmeier. Esperamos que, em meio a esta situação desafiadora, a coragem e a determinação prevaleçam, trazendo boas notícias sobre sua recuperação.