Brasil, 30 de julho de 2025
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Rap e confronto: rapper Oruam é denunciado por tentativa de homicídio

Uma pedra de quase 5 kg arremessada por Oruam durante uma operação policial resulta em grave acusação contra o rapper carioca.

A recente operação policial no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, envolvendo o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, gerou repercussão nacional após a descoberta de uma pedra de 4,85 kg, que supostamente foi lançada contra os agentes. O episódio, ocorrido na madrugada do dia 22 de julho, desencadeou uma série de investigações que culminaram em uma denúncia por tentativa de homicídio qualificado.

O incidente e suas consequências

O conflito teve início quando a Polícia Civil cumpria um mandado de busca e apreensão relacionado a um menor envolvido em atividades ilícitas. Ao tentar apreender o adolescente, Oruam e seus acompanhantes reagiram de maneira agressiva, lançando pedras aos policiais. O laudo pericial revelou que a pedra mais pesada, com dimensões que permitem um potencial letal, foi encontrada perto da residência do rapper, reforçando a evidência de que os arremessos partiram de seu imóvel.

De acordo com o relatório da perícia, o lançamento da pedra se deu a 4,5 metros de altura, o que aumenta o grau de letalidade do ato. “A conclusão do laudo é categórica ao afirmar que as pedras lançadas contra os policiais civis procederam do imóvel de número 91”, informaram os investigadores.

Denúncias e fatos relevantes

Além da acusação de tentativa de homicídio contra os policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Oruam enfrenta várias outras acusações. Na denúncia, o Ministério Público do Rio de Janeiro destaca que ele e seu acompanhante, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, agiram com dolo eventual, ou seja, assumindo o risco de matar os agentes de segurança. A defesa de Oruam, por sua vez, nega qualquer intenção de ferir os policiais, afirmando que o rapper agiu em um momento de desespero.

As autoridades encontraram também um total de sete pedras com marcas de impacto, sendo a maior dela a que provocou a denúncia. “O conjunto probatório reforça a deliberação e intenção de causar resultado letal”, comentou um especialista do caso, enfatizando a gravidade dos atos cometidos durante o incidente.

Registros de incidentes anteriores

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram Oruam incitando seus amigos a lançarem pedras e atacando uma viatura policial. O rapper, que já tem um histórico controverso e um suposto envolvimento com o tráfico de drogas, havia sido identificado por outros agentes em atividades suspeitas. Em seu pedido de prisão preventiva, as autoridades afirmaram que a casa de Oruam se tornara um “ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça”.

A defesa de Oruam e suas alegações

A defesa do rapper argumenta que a operação policial foi marcada por abusos, como a utilização de veículos descaracterizados e a ausência de um mandado judicial válido. Eles afirmam que Oruam agiu em legítima defesa, temendo por sua vida e por sua integridade durante a operação. “Ele jogou pedras em resposta a ameaças de morte com armas de fogo, socos, chutes, e agressões físicas”, diz a defesa.

A situação desafia a percepção pública sobre a relação entre artistas e leis em um contexto onde as diferenças entre segurança e liberdade de expressão frequentemente colidem. Oruam, que se entregou à polícia após o incidente, agora enfrenta mais de sete acusações, incluindo tráfico de drogas e resistência às autoridades.

A repercussão do caso e o papel da mídia

Este caso está gerando discussões amplas sobre a violência no ambiente urbano e a representação do rap e da cultura popular nas operações policiais. A divisão entre o que é entretenimento e o que é considerado crime é um ponto sensível, e o incidente envolvendo Oruam levanta questões mais profundas sobre a marginalização e as respostas legais às expressões culturais no Brasil.

A situação de Oruam serve como um chamado à ação para que os envolvidos no serviço público e no entretenimento busquem se entender melhor, promovendo uma relação mais harmoniosa entre artistas e forças de segurança. O desdobramento deste caso ainda é incerto, mas certamente continuará a ser notícia nas mídias e nas redes sociais.

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