A fé católica floresce entre as ilhas do Pacífico, e o Jubileu dos Jovens em Roma se torna uma ponte entre culturas. Três jovens do Taiti, Guam e Tonga falam sobre sua jornada a Roma e a universalidade de sua fé. “Estamos todos aqui porque amamos o mesmo Deus e o mesmo Jesus Cristo”, afirmam.
A jornada até Roma: novas experiências e desafios
Com aproximadamente 18 mil quilômetros percorridos, o grupo, composto por cerca de quarenta jovens e adultos do Taiti, chegou à Europa para participar do Jubileu dos Jovens. Marevareva Teuira, que acompanha o grupo, compartilha que “para alguns dos jovens, é a primeira vez que viajam de avião”. A viagem longa, com voos que duraram entre 8 a 11 horas, implicou um grande esforço e desprendimento para aqueles que saíram da bela Polinésia Francesa.
Além dos tarefatianos, jovens de Guam e Tonga também fazem parte da delegação, mostrando que a busca pela espiritualidade transcende fronteiras. “Roma é a nossa casa”, afirma Marevareva, destacando o carinho e a devotada relação que os católicos em todo o mundo têm com a cidade que abriga o Papa.
Frankie: uma oportunidade de renovação espiritual
Frankie Casill, de 32 anos, representa Guam e expressa um desejo profundo de recarregar sua fé. Ele relata: “Em nossa ilha somos cerca de 160 mil pessoas. Eu tinha certeza de que seria uma experiência iluminante para mim e para minha fé.” Apresentando um entusiasmo contagiante, Frankie destaca a importância de participar desse evento e como ele tem buscado se preparar espiritualmente para a experiência.
Para Frankie, viver o Jubileu significa trazer novas ideias e esperança para seu povo. “Espero retornar à diocese com novas ideias para atividades que tragam os jovens de volta à Igreja”, enfatiza. Ele menciona a importância de momentos de oração e missas organizadas pela arquidiocese como preparação para essa grande jornada espiritual.
A mensagem de Latu: universalidade da fé
Latu Malupo, de 28 anos, vinda de Tonga, compartilha uma visão semelhante, ressaltando a importância de vivenciar a força da fé. “Só quero viver o quão forte nossa fé pode ser. Venho de um pequeno país ao local onde tudo começou, e isso é maravilhoso”, explica Latu, que também participou do Fórum da Juventude da Caritas Internationalis.
Ela se alegra em poder trazer sua cultura para Roma e em ter a oportunidade de aprender sobre outras tradições. Latu se sente impelida a transmitir essa experiência e a universalidade da fé em seu retorno a Tonga, destacando a importância de que “nossa fé se espalha e é universal”.
Marevareva: a força da musicalidade
Marevareva Teuira, que representa o Taiti, também expressa seu entusiasmo em levar a música e animação das missas tradicionais de sua ilha ao Jubileu. “Nossos instrumentos nunca nos abandonam. Amamos a música; vivemos a missa dessa maneira”, ressalta, demonstrando que a arte faz parte de sua expressão de fé.
Ela observa que, apesar das diferenças culturais, “rezamos o mesmo Pai-Nosso e a mesma Ave-Maria”, reforçando a ideia de que, independentemente de onde se vem, a essência da fé católica é a mesma. Essa experiência em Roma é uma oportunidade para todos esses jovens se unirem, compartilhando esse amor comum por Deus.
Apoio das comunidades e o papel da esperança
O apoio das comunidades foi fundamental para que esses jovens pudessem realizar essa jornada tão longa. Marevareva explica que, durante mais de um ano, o grupo se organizou para arrecadar fundos por meio de vendas de refeições e eventos comunitários. “Todos se ajudaram mutuamente”, afirma, sublinhando a importância da solidariedade nas comunidades insulares.
Com o coração cheio de esperança e fé, esses jovens se preparam para uma experiência que marcará suas vidas. “Esperamos que este Ano Jubilar toque muitos corações”, finaliza Marevareva, que representa a harmonia e a força da fé de uma nova geração de católicos no Pacífico. O Jubileu dos Jovens, portanto, não é apenas um evento, mas um verdadeiro encontro de culturas e espiritualidade.