Brasil, 31 de julho de 2025
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Opus Dei denuncia manipulação na investigação por suposta exploração em Argentina

Organização afirma que caso de alegada exploração de assistentes numerárias foi distorcido de forma mediática e sem fundamentos legais

O Opus Dei denunciou nesta quarta-feira (30) uma “manipulação das ações judiciais” na Argentina, após a divulgação de uma denúncia de uma antiga assistente numerária, que alega ter sido vítima de tráfico humano e exploração laboral enquanto fazia parte da organização. A prelatura afirma que as investigações estão sendo utilizadas de forma distorcida para tentar criar uma narrativa midiática e pública contra a instituição.

Acusações de tráfico humano e exploração laboral

A denúncia, formalizada em 2024, aponta que autoridades do Opus Dei recrutaram mulheres ainda menores de idade e as submeteram a um regime de semi-escravidão em suas residências. Inicialmente uma reclamação trabalhista, o caso evoluiu para uma ação de indenização por danos, incluindo alegações de exploração. Desde junho de 2023, uma investigação judicial tramita após denúncias de tráfico de pessoas e exploração de trabalho contra um grupo de mulheres.

Investigações e pedidos de depoimentos

A Procuradoria argentina solicitou a oitiva dos quatro vicarigos regionais do Opus Dei no país, incluindo o atual vice-reitor da organização, Monsenhor Mariano Fazio. A advogada da parte denunciante também pediu que o prelado da organização, Monsenhor Fernando Ocáriz, fosse convocado para depor. Contudo, o tribunal ressaltou que o juiz responsável ainda não formalizou acusações ou determinou depoimentos.

Resposta do Opus Dei e críticas à estratégia mediática

Em nota oficial, o Opus Dei afirmou que a investigação — que se concentra na situação de uma única mulher — está sendo usada de forma “estratégica e manipuladora” para ampliar a acusação de tráfico de pessoas, sem relação com os fatos narrados pelos próprios denunciantes ou com a rotina da organização. “A solicitação de convocar Monsenhor Ocáriz para depor carece de fundamentos factuais e jurídicos”, diz o documento.

Segundo a prelatura, a convocação pretendida para o prelado visa “estender artificialmente” o alcance do processo, incluindo pessoas sem ligação direta com os fatos, com o objetivo de “influir na opinião pública e pressionar o sistema judicial”. A organização destaca que uma solicitação semelhante ocorreu com o depoimento de Monsenhor Mariano Fazio, também mediada por uma campanha de mídia coordenada.

Contexto e defesa da organização

O Opus Dei ressaltou que essa situação reflete uma “descontextualização” da vocação escolhida por seus membros, sobretudo as numerárias assistentes, e lamentou o uso de instrumentos jurídicos para sustentar uma narrativa construída de forma “preconceituosa e sem base nos fatos”. A prelatura reafirmou sua disposição de colaborar com as autoridades judiciais, confiando na verdade dos fatos.

“Rejeitamos veementemente essas alegações e reiteramos nosso compromisso de colaborar com a Justiça, na esperança de que a verdade prevaleça”, conclui a nota oficial do Opus Dei. A organização também criticou a campanha midiática que, segundo ela, busca ampliar artificialmente o impacto das denúncias.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ACI Prensa, parceiro de notícias em espanhol da CNA, e traduzida para o português com o objetivo de informar sobre o caso em andamento na Argentina.

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