Brasil, 31 de julho de 2025
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Memórias de Leci Brandão e a força da ancestralidade

A sambista Leci Brandão compartilha histórias emocionantes sobre sua mãe e suas tradições às vésperas de seu aniversário de 81 anos.

Em um emocionante encontro, a sambista Leci Brandão reviveu memórias de sua infância e sua relação com a ancestralidade ao lado de Conceição Evaristo. O momento foi especialmente significativo, pois aconteceu próximo ao seu aniversário de 81 anos, um marco importante para a artista, que marcou sua trajetória com muita música e significado.

A importância das memórias afetivas

Durante a conversa, Leci refletiu sobre como a memória da sua mãe, que faleceu em 2019, continua viva e presente em sua vida. “A memória afetiva está muito presente quando eu chego aqui”, disse a sambista, referindo-se ao local onde passou sua infância. Esse espaço é repleto de sentimentos e recordações que moldaram sua identidade.

O Dia de Xangô, orixá da justiça, também foi uma data emblemática para Leci, que compartilhou a ligação espiritual que sente com o orixá. “Esse orixá tem muito a ver com a história da minha mãe”, afirmou. A reverência aos orixás e a ligação com suas raízes afro-brasileiras são temas recorrentes na obra de Leci, que sempre busca honrar sua ancestralidade em sua trajetória musical.

Espiritualidade e tradição familiar

Uma das relíquias que Leci valoriza em sua casa é a imagem de São Jerônimo, que pertenceu à sua mãe. “Ela tinha muita fé. Tudo que acontecia na vida dela, ela pegava a imagem de Xangô e pedia as coisas dela, agradecia”, contou emocionada. Essa relação com a espiritualidade é uma parte fundamental de sua vida, simbolizando a conexão com suas raízes e a importância da fé na trajetória familiar.

A relevância da ancestralidade na música brasileira

O evento em que Leci e Conceição estiveram juntos faz parte de uma série de atividades que exaltam a ancestralidade e a cultura afro-brasileira. Essas celebrações são essenciais para reconhecer e valorizar as contribuições das tradições africanas e das heranças deixadas pelos antepassados na formação da identidade cultural brasileira.

Recentemente, ambos participaram da FLUP (Festa Literária das Periferias), onde conversaram sobre a importância de resgatar e valorizar a ancestralidade dentro do contexto social atual. O evento reúne vozes diversas da literatura e da música, proporcionando um espaço de reflexão e troca de experiências sobre a cultura afro-brasileira.

Reflexão e futuro

À medida que Leci se aproxima de seu 81º aniversário, ela reflete sobre o legado que deseja deixar. “Quero que as novas gerações conheçam a força da nossa ancestralidade e que valorizem nossos orixás, nossa história e nossa música”, expressou. Essa missão de preservar e transmitir a cultura é uma das prioridades na vida da sambista, que continua a se apresentar e a inspirar novas gerações.

Assim, a história de Leci Brandão e sua relação com sua mãe e suas crenças espirituais nos oferece uma rica tapeçaria de amor, fé e resistência. A música e a cultura afro-brasileira ganham vida através de suas canções e relatos, reafirmando a importância de se conectar com o passado para construir um futuro mais justo e pleno.

O encontro vivido por Leci e Conceição não é apenas uma celebração de sua trajetória, mas um lembrete da força que reside nas memórias e na ancestralidade que moldam a identidade de milhões de brasileiros. É um convite para que todos nós reflitamos sobre nossas raízes e busquemos a verdade em nossa própria história.

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