A deputada Marjorie Taylor Greene (R-Ga.) tornou-se na segunda-feira a primeira congressista republicana a classificar a crise humanitária em Gaza como um “genocídio”. A declaração veio em meio a debates intensos sobre o bloqueio imposto por Israel, que há meses impede a entrada de ajuda humanitária para os mais de dois milhões de palestinos na faixa de Gaza.
Posição de Greene e contexto do conflito em Gaza
Greene manifestou sua posição nas redes sociais, afirmando que “o genocídio, a crise humanitária e a fome que acontecem em Gaza são uma triste realidade”. Ela criticou ainda colegas que minimizam a situação, destacando agravantes como a recente declaração do ex-presidente Donald Trump, que reconheceu que há uma “verdadeira fome” na região.
“Você não consegue falsificar fotos de crianças esqueléticas e de famílias em desespero, como vêm circulando”, escreveu Greene no X, antiga rede social Twitter. Sua afirmação ocorre em um momento em que imagens de crianças debilitadas e vítimas de desnutrição têm chamado atenção mundial, enquanto Israel nega que civis estejam morrendo de fome, acusando o Hamas, controlador de Gaza, de desviar ajuda humanitária.
Reações e declarações de líderes
Donald Trump, que atualmente está em visita à Escócia, declarou-se assustado com as imagens e relatos vistos na televisão. Segundo ele, há evidências de uma “fome de verdade” em Gaza, resultado do conflito iniciado após o ataque do Hamas em outubro de 2023, que resultou na captura de civis e na intensificação do bloqueio israelense.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou que civis palestinos estejam morrendo por inanição, alegando que o Hamas estaria utilizando de recursos para obstruir a ajuda internacional. Trump comentou que não sabe se concorda com a visão de Netanyahu, acrescentando que, pelas imagens, “essas crianças parecem muito famintas”.
Repercussões e controvérsia
Greene criticou ainda declarações de colegas que apoiam a continuidade do bloqueio e ressaltou que a narrativa de fome coletiva em Gaza é uma “mentira” segundo ela. Sua fala, marcada pelo uso de termos fortes, mostra uma postura incomum entre os republicanos, que geralmente evitam classificações tão drásticas ao conflito.
Historicamente, Greene tem sido associada a posições controversas, incluindo uma postagem de 2018 que sugeria teorias antissemitas envolvendo a família Rothschild e incêndios na Califórnia, além de promover teorias conspiratórias de teor de conspiração, como os “laser espaciais judeus”.
Impactos e próximos passos no cenário internacional
A comunidade internacional observa com preocupação a escalada da crise, enquanto especialistas destacam que a ausência de acesso à ajuda humanitária pode agravar ainda mais a situação. Organizações como a ONU alertaram que a fome e o colapso de serviços básicos podem levar a uma tragédia humanitária de proporções ainda maiores.
Até o momento, Israel mantém o bloqueio e reforça a alegação de que o Hamas utiliza os recursos para fins militares, uma posição contestada por vários governos e entidades humanitárias, que denunciam violações de direitos civis e humanitários na região.
Autoridades internacionais pedem uma solução que permita a entrada de ajuda e o retorno dos civis às condições mínimas de segurança e sobrevivência, enquanto a política local e global continua a polarizar opiniões sobre as ações de Israel, o papel dos Estados Unidos e o futuro da Palestina.
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**Meta descritiva:** Deputada Marjorie Taylor Greene chama de “genocídio” a crise em Gaza, destacando a fome e o bloqueio israelense em posicionamento inédito no Congresso dos EUA.
**Tags:** política internacional, Gaza, conflito Israel-Palestina, Direitos Humanos, EUA