Brasil, 31 de julho de 2025
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Marjorie Taylor Greene chama crise em Gaza de “genocídio”

Primeira congressista republicana a usar o termo, Greene critica a situação humanitária e questiona versões oficiais sobre a fome na faixa

Nesta segunda-feira (29), a deputada Marjorie Taylor Greene (R-Ga.) tornou-se a primeira membro do Partido Republicano no Congresso dos Estados Unidos a classificar a crise humanitária em Gaza como um “genocídio”. A declaração foi feita após o presidente Donald Trump reconhecer que há fome na região, embora minimizando a gravidade da situação.

Greene denuncia o que chama de genocídio e crise humanitária em Gaza

Greene usou suas redes sociais, incluindo o X (antigo Twitter), para afirmar que “o massacre, o genocídio, a crise humanitária e a fome que acontecem em Gaza” são verdades que precisam ser expostas. Ela critica críticos e colegas que, segundo ela, minimizam a crise, e reforça que há uma deterioração grave na condição dos civis palestinos na região.

“Até o momento, Israel, que controla o acesso à Gaza, bloqueia a entrada de suprimentos essenciais. Mesmo assim, muitos evidenciam um encobrimento da fome real que assola o povo palestino”, publicou Greene. A deputada também argumenta que “não se pode negar a visão de crianças e civis desnutridos, enquanto as imagens continuam a aparecer”.

Contexto da crise e posicionamentos rivais

A crise em Gaza se agravou após os acontecimentos de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas atacaram Israel, levando à ofensiva militar israelense e ao bloqueio de acesso a alimentos, remédios e ajuda humanitária na faixa. Israel, que controla entradas e suas costas, afirma que o grupo palestino tem usado os recursos de forma indevida, alegações contestadas por organizações internacionais. A New York Times reportou que não há evidências que sustentem essa acusação.

O próprio Trump, que visitou a Escócia nesta semana, também expressou preocupação com as imagens de crianças supostamente desnutridas, embora tenha se mostrado cético quanto às informações oficiais israelenses. “Baseando-se na televisão, diria que a situação está bastante difícil, essas crianças parecem muito famintas”, afirmou.

Reações e controvérsias

Greene, conhecida por suas posições polêmicas, também se diferenciou ao exibir um discurso mais contundente e, por vezes, afirmando que a narrativa de fome é uma “mentira”. Sua fala gerou críticas por parte de defensores dos direitos humanos, que apontam para a responsabilidade de Israel na crise, e por parte de setores que veem sua postura como uma incitação ao anti-semitismo.

Segundo ela, a declaração de Trump e de outros colegas que minimizam a fome na região é “um erro e uma provocação que pode aumentar o antissemitismo”, acrescentando que há “uma forte necessidade de reconhecer a gravidade da situação de civis inocentes”.

Impactos e perspectiva futura

Especialistas alertam que a classificação de Greene pode trazer repercussões políticas, intensificando o debate sobre o conflito israelo-palestino nos Estados Unidos. A crise humanitária em Gaza, que já levou à morte de centenas de civis e ao deslocamento de milhares, permanece como uma das maiores tragédias da região. A comunidade internacional pede por soluções diplomáticas que resguardem os direitos civis e humanos de todos os envolvidos.

Enquanto isso, o conflito continua com a esperança de que ações internacionais possam diminuir a gravidade do sofrimento na faixa, que acumula semanas de bloqueios e violência.

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