Brasil, 31 de julho de 2025
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Mar de espuma em Saquarema: entenda o fenômeno natural

Especialistas afirmam que a formação da espuma no litoral de Saquarema é natural e não representa risco de poluição.

Nas últimas semanas, um espetáculo curioso tem chamado a atenção de moradores e turistas em Saquarema, no estado do Rio de Janeiro: o “mar de espuma”. Esse fenômeno, muito comum em períodos de forte ressaca, ocorre quando as ondas intensas agitam a matéria orgânica presente na água, resultando na formação de uma espuma branca que se acumula nas areias das praias. Mas afinal, o que está por trás desse fenômeno e quais as possíveis implicações para o meio ambiente e a saúde pública?

O que causa o mar de espuma?

De acordo com o diretor municipal de Áreas Protegidas de Saquarema, Lucas Giolito, a formação da espuma é, na verdade, um processo natural. “Esse fenômeno costuma acontecer quase todos os anos, especialmente quando há uma ressaca forte que agita o mar”, explica. Durante esse processo, os componentes da água do mar, como sal, matéria orgânica e até mesmo poluentes, são agitados e, com a ajuda da energia das ondas, se transformam na espuma visível nas praias.

Além de sua aparência intrigante, o mar de espuma serve como um lembrete da dinâmica dos ecossistemas marinhos. “É importante destacar que essa espuma, apesar de sua aparência, não representa risco de poluição”, afirma Giolito, desmistificando um tema que gera preocupação entre a população. As algas e outros organismos microscópicos que se encontram na água são, muitas vezes, os principais responsáveis pela cor e pela textura da espuma.

A importância da conscientização ambiental

Com a ocorrência do mar de espuma, surgem também questões relacionadas à preservação ambiental e à educação da população sobre o que realmente acontece no litoral. Especialistas ressaltam a importância de informar a comunidade sobre a diferença entre fenômenos naturais e as consequentes poluições que podem ocorrer através de descartes inadequados. “Infelizmente, há uma tendência de associar a espuma com a poluição, porém, é crucial que a população entenda a diferença para que possamos avançar na conscientização ambiental”, comenta o biólogo Hugo Ferreira.

Como lidar com o fenômeno nas praias?

Para os frequentadores das praias, é fundamental adotar algumas práticas para minimizar os impactos que podem surgir com a agitação do mar. Entre elas, está a coleta de lixo nas areias e a orientação de que os banhistas não utilizem produtos químicos que possam ser levados para a água. “Cada um de nós pode fazer a diferença, ao cuidar do nosso ambiente. Pequenas ações ajudam a preservar nossas praias e nossos mares”, completa Ferreira.

Futuras pesquisas e monitoramento

A prefeitura de Saquarema, em parceria com pesquisadores, já está considerando a implementação de um monitoramento mais efetivo dos fenômenos que alteram a qualidade da água nas praias da região. Esse plano incluirá coleta de dados periódicos que ajudem a entender as dinâmicas marinhas e os efeitos das alterações climáticas e da urbanização no litoral.

Os especialistas acreditam que um mapeamento adequado poderá fornecer informações valiosas sobre a saúde dos ecossistemas costeiros e contribuir para um turismo sustentável, respeitando as características naturais da região.

Em resumo, o mar de espuma em Saquarema não deve ser visto apenas como um espetáculo curioso, mas como uma oportunidade para refletir sobre a nossa relação com o meio ambiente. Ao entendermos melhor os fenômenos naturais e suas causas, seremos capazes de agir de maneira mais consciente e responsável, preservando as belezas naturais que tanto valorizamos.

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