Jamie Lee Curtis, atriz de 66 anos, fez duras críticas à cirurgia plástica, afirmando que ela “varreu uma geração” de mulheres. Em uma entrevista ao Guardian, a atriz usou uma boca de látex vermelha e grande como símbolo de resistência contra o que ela chama de genocídio da aparência natural.
Experiências pessoais e críticas ao impacto na beleza
Sempre crítica em relação às intervenções cosméticas, Curtis revelou que, aos 25 anos, realizou uma cirurgia após um diretor de fotografia dizer que seus olhos eram “encardidos”. “Eu me arrependo imediatamente”, disse, acrescentando que desenvolveu dependência de analgésicos após o procedimento, dos quais está sóbria atualmente.
Ela afirmou que a indústria de cosméticos contribui para uma desfiguração generacional, especialmente de mulheres, que alteram sua aparência com produtos químicos, cirurgias e preenchimentos. “Estamos limpando uma ou duas gerações de aparência natural”, declarou.
O papel da inteligência artificial na padronização da beleza
Na entrevista, Curtis discutiu o impacto dos filtros e da IA na definição de padrões de beleza. “Quando aplico um filtro e vejo o antes e depois, é difícil não achar que aquilo parece melhor. Mas o que é melhor? Melhor é falso”, refletiu. Ela alertou que a busca pelo “melhor” é uma armadilha, levando a uma disfunção estética contínua.
Desconforto com jovens atores e opiniões pessoais
A atriz afirmou que não se preocupa em fazer colegas mais jovens se sentirem desconfortáveis com sua opinião, deixando claro que não impõe sua visão. “Não é da minha conta. Meu papel não é dar opinião, é apenas expressar o que penso”, afirmou.
Desafios genéticos e aparência real
Quando questionada sobre sua própria atratividade, Curtis rejeitou qualquer ideia de que pertença a uma elite estética. “Você está tentando dizer que estou em uma categoria rara? Não estou. Genetics – você não pode mexer com isso”, disse, referindo-se às suas características físicas e à sua resistência à pressão de modificar a aparência.
Perspectivas e reflexões sobre o futuro da beleza
Curtis reforçou que a sociedade precisa refletir sobre os efeitos de intervenções eternas na busca por perfeição. “Eu não prosélito ninguém, apenas falo sobre o ciclo sem fim de mudanças estética. Uma vez que você começa, é difícil parar”, concluiu. A atriz encerrou afirmando que a beleza genuína vem da autenticidade e da genética, não de filtros ou cirurgias.
Para ler a entrevista completa, acesse a matéria na íntegra do Guardian.