Brasil, 31 de julho de 2025
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Haddad minimiza tensões com os EUA em relação ao tarifaço

Ministro da Fazenda afirma que a tensão criada pelos tarifas dos EUA aos produtos brasileiros é artificial e será resolvida na negociação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (30) que a tensão em torno do anúncio do tarifaço dos Estados Unidos (EUA) aos produtos brasileiros é artificial e deve se dissipar. Em conversa com jornalistas no Ministério da Fazenda, Haddad destacou que as negociações com autoridades norte-americanas estão em andamento e que o governo brasileiro continuará dialogando mesmo com a entrada em vigor das tarifas, prevista para 1º de agosto.

Comentários sobre o clima de tensão e negociações em andamento

De acordo com Haddad, essa tensão foi alimentada por pessoas no próprio Brasil e, por isso, não possui fundamentos sólidos. “Se depender do Brasil, essa tensão desaparece, porque é artificial. E produzida por pessoas do próprio país. Quer dizer, não faz sentido brasileiros alimentarem essa tensão. Essa tensão vai se dissipar e, quando se dissipar, a racionalidade vai presidir os trabalhos, e nós vamos chegar a um denominador”, afirmou.

Contexto político e relação com as ações de Eduardo Bolsonaro

O ministro fez referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, em março, se licenciou do mandato na Câmara para atuar nos Estados Unidos. Eduardo tem articulado ações contra a Justiça e a economia brasileiras, buscando proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado pelo STF por tentativa de golpe de Estado. Haddad ressaltou que essas ações também influenciam o clima de tensão, embora estejam sendo tratadas nas negociações.

Imposição de tarifas pelos EUA e negociações diplomáticas

No último dia 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou carta ao presidente Lula anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Na mensagem, Trump justificou a medida citando ações de Bolsonaro e pediu a liberação de privilégios para o ex-presidente. No entanto, Haddad destacou que ainda não há uma decisão formal do governo dos EUA e que as negociações estão em andamento.

Esforços diplomáticos e perspectivas futuras

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, lidera as conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Haddad afirmou que é preciso aguardar o resultado dessas negociações antes de entender o que será efetivamente implementado. “Nós precisamos saber qual é a decisão do governo dos EUA. Antes disso, fica muito difícil”, ressaltou Alckmin, que também comentou a possibilidade de viajar aos EUA para acompanhar as conversas.

Segundo informações do Ministério da Fazenda, a comunicação com as autoridades norte-americanas está evoluindo, e há esperança de que um entendimento seja alcançado sem que os impostos se tornem permanentes. “Assim que tiver uma agenda estruturada, sim. Já estive na Califórnia com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e estou tentando contato com ele, que está na Europa fechando acordos”, disse Haddad.

O governo brasileiro continuará buscando soluções diplomáticas para minimizar os impactos do tarifaço, reforçando o compromisso com a relação bilateral e a defesa dos interesses nacionais.

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