Brasil, 31 de julho de 2025
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Governo federal fatiará resposta ao tarifário dos EUA

O governo brasileiro opta por medidas setoriais em vez de um plano único contra a tarifa imposta pelos Estados Unidos.

Em uma estratégia de resposta às novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o governo federal decidiu não adotar um plano único de contingência. Em vez disso, a discussão e definição de medidas específicas será iniciada a partir desta quinta-feira (31/7), focando nos impactos setoriais da nova alíquota sobre a economia nacional.

Reunião de emergência no Palácio do Planalto

A decisão de fragmentar a resposta foi fruto de uma reunião de emergência que ocorreu no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (30/7), imediatamente após a publicação da ordem executiva assinada por Donald Trump. A justificativa do governo norte-americano para essa medida envolve questões de segurança nacional e direitos humanos.

A prioridade do governo brasileiro agora é compreender o impacto que essa nova alíquota terá sobre as exportações do país. Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) foram incumbidos da tarefa de coletar dados detalhados sobre as perdas potenciais que cada segmento produtivo pode enfrentar.

Análise do impacto econômico

O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, está previsto para apresentar ainda hoje um panorama inicial que trará estimativas sobre volumes e valores que podem ser responsabilizados com a nova tarifa. Essa análise servirá como ponto de partida para a formulação de ações específicas a serem adotadas pelo governo.

Em vez de encaminhar uma resposta unitária a essa situação, a abordagem do governo será a criação de um conjunto de medidas direcionadas a setores mais vulneráveis. Setores que possam ser mais prejudicados pela tarifa poderão receber incentivos, apoio financeiro ou estímulos às exportações, com a adoção de mecanismos de compensação sendo considerada como uma das opções em avaliação. Além das iniciativas internas, o Planalto também estuda abrir uma nova rodada de negociações com os Estados Unidos, buscando reverter ou amainar os efeitos da decisão.

Formação da equipe de resposta

A reunião que precedeu essa estratégia foi convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e teve a participação dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). O chanceler Mauro Vieira, que se encontra em missão oficial nos Estados Unidos, foi representado durante o encontro.

Embora tenha sido breve, com duração aproximada de uma hora, a reunião realizada nesta quarta-feira serviu para alinhar as principais áreas do governo diante do novo cenário econômico. Não foram tomadas decisões concretas, mas o encontro despejou as bases para a formulação das respostas que começam a ser discutidas a partir de hoje.

Assim, o governo brasileiro se prepara para enfrentar essa nova fase de desafios nos seus relacionamentos comerciais, tendo como prioridade a proteção dos interesses econômicos nacionais e um diálogo ativo com o governo dos Estados Unidos.

Para mais detalhes sobre a recente situação, confira a fonte original [aqui](https://www.metropoles.com/brasil/governo-decide-fatiar-reacao-ao-tarifaco-e-adotar-medidas-por-setor).

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