Nos últimos dias, os conselheiros da Eagle Football Holding (EFH) tomaram uma decisão significativa ao contratar uma empresa independente para realizar uma avaliação do Botafogo, visando a “recompra” solicitada por John Textor. O objetivo é determinar o valor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, para que as partes possam iniciar negociações sobre o montante a ser pago e as respectivas condições.
O contexto da recompra do Botafogo
A movimentação de John Textor, atual proprietário do Botafogo, é parte de uma estratégia mais ampla para retirar o clube e o Molenbeek, da Bélgica, da controle da EFH o quanto antes. Para isso, Textor criou uma nova empresa nas Ilhas Cayman, denominada Eagle Football Group. Os diretores da SAF do Botafogo acreditam que essa mudança pode promover uma saúde financeira mais robusta para o clube carioca.
No último sábado, durante um embate entre Botafogo e Corinthians, os conselheiros da EFH visitaram o Rio de Janeiro para se familiarizarem com as instalações do Nilton Santos e discutir o futuro da equipe com Textor. Esta aproximação entre as partes é vista como um passo positivo para a resolução das questões que envolvem a gestão do clube.
A percepção de Textor sobre a situação financeira
Em declarações recentes, John Textor garantiu que o Botafogo tem gerado uma quantidade significativa de receitas, desmistificando a noção de que o clube estaria enfrentando problemas financeiros. “Botafogo financia a Europa, e não o contrário”, ressaltou o empresário, explicando que a organização está auditada por empresas de grande renome e que seu foco é garantir um IPO seguro, sem a necessidade de um debate sobre a saúde financeira do clube.
Textor mencionou também que aClub do Botafogo e o Lyon, da França, são operações distintas e que sua intenção é separar completamente as duas gestões para consolidar o futuro do alvinegro.
Desafios legais na trajetória de John Textor
Enquanto busca negociar a recompra do Botafogo, Textor também se depara com uma batalha judicial. A empresa Iconic Sports, que desempenhou um papel crucial no financiamento da aquisição do Lyon em 2022, acionou a justiça na Inglaterra para requerer a transferência das ações da Eagle Football Holding, visando assumir o controle das operações. A ação sugere que Textor, além de recompra das ações por U$ 94 milhões, precisa enfrentar a velha aliança, agora desgastada, com a Iconic.
O empresário levantou US$ 75 milhões com a ajuda desse fundo de investimentos, e agora a Iconic busca sua fatia da EFH, que inclui 40% das ações em circulação. A disputa legal promete se intensificar nas próximas semanas, à medida que a justiça inglesa se debruça sobre a questão.
Impactos da recompra na gestão do clube
A proposta de Textor é um reflexo das dificuldades e mudanças na gestão do Botafogo e anunciou que o negócio precisa ser fechado para que o clube passe a ter uma administração mais focada e singular. Com a expectativa de que houverem benefícios financeiros, essa movimentação pode significar uma nova fase para o alvinegro, especialmente dentro do contexto competitivo da Série A e além.
Enquanto os desdobramentos acontecem, a comunidade de torcedores e simpatizantes do Botafogo aguardam ansiosamente por resultados positivos que possam conduzir a equipe a um novo patamar no futebol nacional e internacional.
Assim, o futuro do Botafogo continua em negociação, e os próximos meses serão cruciais para delinear o caminho da equipe na busca pela estabilidade e sucesso no cenário esportivo.