As contas do governo brasileiro apresentaram déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (30). O resultado ocorre quando as receitas do governo, sobretudo com tributos, ficam abaixo das despesas, sem considerar os juros da dívida pública.
Melhora comparada ao ano anterior e impacto na arrecadação
Embora still negativo, o déficit de junho foi uma redução em relação ao mesmo período de 2024, quando foi registrado um déficit de R$ 40,8 bilhões (valor corrigido pela inflação). Além disso, foi o melhor resultado para o mês de junho desde 2023, quando o déficit atingiu R$ 49,4 bilhões.
O aumento na arrecadação, impulsionado pelo incremento do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras), contribuiu para essa melhora nas contas públicas. Em termos nominais, a receita líquida do governo (após transferências para estados e municípios) recuou apenas 0,1%, totalizando R$ 169 bilhões, mesmo com a alta da arrecadação.
Despesas crescem e impacto no déficit de junho
Ao mesmo tempo em que houve aumento na arrecadação, as despesas totais do governo também cresceram em junho, comparando com o mesmo mês de 2024. As despesas atingiram R$ 213,3 bilhões, com alta real de 1,6%, indicando maior gasto público no período.
Contexto econômico e perspectivas
A combinação de receitas em leve recuo e despesas em crescimento contribui para o aumento do déficit primário, momento que reforça o desafio do governo para equilibrar as contas públicas. Especialistas ressaltam que, apesar do resultado negativo, a melhora relativa pode indicar avanços na gestão fiscal, dependendo de novas medidas.
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