A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou nesta quarta-feira (30) preocupação com a imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, publicada por decreto do governo americano. A medida, que aumenta em 40% tarifas já existentes, compromete cadeias produtivas, reduz a produção, ameaça empregos e investimentos no Brasil.
Câmbio na competitividade e medidas de enfrentamento
De acordo com a entidade, cerca de 700 produtos brasileiros serão afetados, sendo que alguns setores como carnes, café, etanol e máquinas ficarão de fora da lista de exceções e terão que suportar o aumento da tarifa. Segundo o documento da Casa Branca, esses produtos estarão sujeitos a uma tarifa de 10%, enquanto outros, destinados ao setor de aviação civil, podem ficar isentos ao comprovar a destinação específica.
Posição da CNI e apelo ao diálogo
O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que não há justificativa técnica ou econômica para o aumento das tarifas e reforçou a importância de manter o diálogo com os Estados Unidos. “Seguimos defendendo a negociação como forma de convencer o governo americano de que essa medida é uma relação de perde-perde para os dois países, não apenas para o Brasil”, destacou.
Apesar de não descartar retaliações, a entidade reforçou que a prioridade é o diálogo e que ações de represália podem agravar ainda mais a crise. A Casa Civil brasileira também trabalha em propostas de mitigação, incluindo a criação de uma linha de financiamento emergencial pelo BNDES e o adiamento de pagamento de determinados tributos por até 120 dias.
Impactos econômicos e alternativas
A medida afeta principalmente setores estratégicos, como o de carnes, café e manufaturados, além de estimular a busca por novas alternativas de mercado. A proposta de incentivar negociações visa evitar que a disputa comercial prejudique a recuperação econômica do país.
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