Brasil, 31 de julho de 2025
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Cecafé reivindica isenção do café na tarifa de 50% imposta pelos EUA

Conselho dos exportadores de café luta para que o produto seja excluído da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos

O Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) pediu nesta terça-feira (22) que o café brasileiro seja incluído na lista de produtos isentos da tarifa de 50% proposta pelos Estados Unidos. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, afetará fortemente o setor cafeeiro brasileiro, principal fornecedor do produto ao mercado norte-americano.

Proposta de taxação e exceções previstas

Mais cedo, Trump oficializou a proposta de imposição de tarifas de 50% sobre uma variedade de produtos brasileiros, incluindo o café. A ordem executiva traz cerca de 700 exceções, como suco de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus componentes.

Segundo o Cecafé, a inclusão do café na lista de exceções é essencial para evitar impactos negativos na economia brasileira e na relação comercial entre os dois países. A entidade negocia com representantes dos Estados Unidos, como a National Coffee Association (NCA), para garantir a manutenção do produto na lista de isenções.

“O ato implicará elevação desmedida de preços e inflação, uma vez que esses tributos serão repassados à população americana no ato da compra”, afirmou Márcio Ferreira, presidente do Conselho Deliberativo do Cecafé, em nota oficial.

Relevância do café brasileiro para os Estados Unidos

Segundo o próprio Cecafé, a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos para o café é “imprescindível” uma para a outra. O Brasil responde por mais de 30% do mercado de café nos Estados Unidos, sendo o principal exportador do produto ao país.

Dados indicam que os Estados Unidos representam 16% das exportações brasileiras de café, além de consumir aproximadamente 76% da população norte-americana a bebida, que movimenta cerca de US$ 110 bilhões por ano, ou aproximadamente US$ 301 milhões ao dia.

Impactos para o setor de cafés especiais

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) alertou que a medida de Trump pode prejudicar a comunidade do café de alta qualidade, especialmente o mercado de cafés especiais do Brasil. Os Estados Unidos são o principal mercado importador de cafés especiais brasileiros, adquirindo cerca de 2 milhões de sacas anuais, que geram uma receita acima de US$ 550 milhões.

Perspectivas e próximos passos

O setor aguarda a confirmação de que o café será excluído da tarifa de 50%, ressaltando a importância da relação comercial para a economia brasileira e a continuidade do fornecimento do produto ao mercado norte-americano. O governo brasileiro pretende manter negociações diplomáticas para evitar que a tarifa seja aplicada oficialmente.

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