Brasil, 31 de julho de 2025
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Catholic priests e a importância na história da língua de sinais

Conheça o papel fundamental dos religiosos católicos na criação e expansão da educação de surdos e da língua de sinais mundialmente

A história da língua de sinais e da educação de surdos está profundamente ligada às contribuições dos padres e freiras católicos, que desempenharam papéis pioneiros no desenvolvimento dessas áreas. Desde o século XVIII, os religiosos abriram as primeiras escolas gratuitas para deficientes auditivos, promovendo avanços que moldariam a inclusão social e educacional de surdos pelo mundo.

O impacto inicial dos padres na educação de surdos e na língua de sinais

No ano de 1760, Father Charles-Michel de l’Épée fundou em Paris o Instituto Nacional para Jovens Surdos, considerado o primeiro colégio público dedicado à formação de deficientes auditivos. Inspirado ao conhecer gêmeos surdos, ele criou um sistema de sinais naturais que evoluiria para uma linguagem de sinais universal, contribuindo significativamente para a comunicação dos surdos.

Segundo informações do site oficial do INJS de Paris, l’Épée dedicou sua vida a democratizar o acesso à comunicação para os deficientes, realizando exercícios públicos que despertaram interesse e influência nacional e internacional na educação inclusiva.

Contribuições de líderes religiosos ao longo dos séculos

Após a morte de l’Épée em 1789, seus colegas padres como Father Roch-Ambroise Cucurron Sicard continuaram a expandir as ações da instituição, que recebeu reconhecimento oficial da Assembleia Nacional como um avanço para a humanidade. A Igreja Católica, ao longo de sua história, foi responsável por criar e gerir diversas escolas de surdos em diferentes países, usando tanto a Língua de Sinais quanto métodos orais.

Jordan Eickman, professor de Estudos sobre Surdez na Universidade Estadual da Califórnia, destacou à CNA que a participação dos religiosos católicos na história do surdo é “de grande relevância”, reforçando que “muitos padres e freiras dedicaram seus esforços a promover a integração social por meio da educação.”

Desafios atuais e avanços na acessibilidade religiosa para surdos

Apesar das contribuições históricas, especialistas afirmam que a Igreja Católica ainda pode avançar na inclusão de pessoas surdas, especialmente no que se refere à acessibilidade às Gideões e aos sacramentos. Segundo Eickman, a presença de padres surdos fluentemente na Língua de Sinais local é fundamental para garantir uma atuação mais eficaz e acolhedora.

Recentemente, eventos como o Primeiro Congresso Eucarístico para Católicos Surdos, organizado em Maryland por Father Mike Depcik — um dos poucos padres surdos no mundo — demonstraram o potencial de ações específicas para promover a inclusão na Igreja.

Iniciativas concretas e o papel da Igreja no futuro

Na mesma linha, a Basílica Nacional do Imaculado Conceito, em Washington, D.C., começou a oferecer visitas guiadas especiais para pessoas surdas e cegas, promovendo uma experiência mais sensorial e acessível ao sagrado espaço.

O padre Eickman reforça que “a Igreja deve ampliar sua atuação, formando mais padres surdos e implementando serviços em línguas de sinais locais”, destacando que a pastora de comunidades surdas é uma missão ainda com muito potencial de crescimento.

Ao refletir sobre a trajetória, é evidente que a influência dos religiosos católicos na educação e na linguística dos surdos foi fundamental e permanece relevante, desafiando a Igreja a continuar promovendo igualdade e inclusão religiosa globalmente.

(Fonte: Gallaudet University)

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