A expectativa é de que a recente elevação da taxa básica de juros, a Selic, continue impactando as taxas cobradas pelos bancos em operações com clientes. Em junho de 2025, a taxa média de juros passou a 45,4%, atingindo o maior nível desde agosto de 2017, ou seja, há quase oito anos, segundo dados do Banco Central.
Reflexos do aumento da Selic nas taxas bancárias
O ciclo de aumento da Selic, que já durava 10 meses, indica que as instituições financeiras tendem a elevar ainda mais as tarifas cobradas aos consumidores e empresas. Especialistas avaliam que esse movimento pode dificultar o acesso ao crédito e encarecer financiamentos.
De acordo com analistas do setor financeiro, a persistência da alta na Selic tende a pressionar para cima as taxas de juros de cartões de crédito, empréstimos pessoais e financiamentos imobiliários, o que pode frear o consumo e o investimento na economia brasileira. Segundo a nota do G1, o Banco Central deve concluir o ciclo de alta e iniciar um período de manutenção na taxa base em breve.
Posição do Banco Central e perspectivas futuras
O Banco Central sinaliza que, após o aumento contínuo da Selic, pode haver uma pausa para avaliar os efeitos na inflação e na atividade econômica. A decisão visa conter a escalada dos juros sem prejudicar a retomada do crescimento.
Especialistas alertam que o aumento nas taxas cobradas pode impactar tanto os consumidores quanto o ritmo de recuperação econômica do país, exigindo atenção das políticas monetárias futuras. A expectativa é de que o ciclo de alta seja encerrado em breve e uma fase de estabilização possa começar, com uma possível redução gradual das taxas ao longo do próximo semestre.
Impactos na economia e no consumidor
Com o aumento dos juros, o custo do crédito fica mais caro, o que pode frear o financiamento de imóveis, veículos e projetos de consumo. Já para as empresas, o aumento nas tarifas de crédito pode reduzir o investimento e afetar o crescimento do setor produtivo. Analistas indicam que o avanço na Selic deve permanecer até que os indicadores econômicos sinalizem controle da inflação sem prejudicar a atividade econômica.
Por ora, o cenário aponta para uma fase de equilíbrio, em que a autoridade monetária busca estabilizar a inflação sem ocasionar uma retração significativa na economia brasileira.