As ações da Embraer e da WEG subiram significativamente nesta quarta-feira, após o anúncio oficial de que aviões e equipamentos elétricos ficaram de fora da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil. A medida provocou forte volatilidade nos mercados de ações, com os papéis entrando em leilão devido às recentes oscilações.
Impacto da isenção na bolsa brasileira e em Nova York
Antes do leilão, as ações da Embraer subiam 1,44%, cotadas a R$ 69,73, enquanto as da WEG apresentavam alta de 1,45%, a R$ 37,11. Nos Estados Unidos, as ADRs (recibos de ações negociados na bolsa americana) chegaram a superar uma valorização de 13%.
Tarifa de Trump e exceções
O presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva estabelecendo uma tarifa adicional de 40% sobre produtos do Brasil, elevando a tarifa total para 50%, divulgada por volta das 15h. O objetivo, segundo o governo americano, é responder a políticas consideradas ameaças à segurança nacional, política externa e economia dos Estados Unidos.
No entanto, diversos produtos brasileiros permanecem de fora da tarifa, como madeira, celulose, sucos de laranja e aeronaves civis com suas partes, incluindo os aviões da Embraer.
Reação do mercado e movimentação de ações
Enquanto a notícia da tarifa gerou otimismo para setores específicos, a forte oscilação fez com que as negociações de algumas ações fossem interrompidas por pelo menos vinte minutos. Além disso, ações de companhias ligadas à produção de celulose, como Suzano e Klabin, também apresentaram altas nesta quarta-feira. Às 15h52, SUZB3 avançava 1,45% a R$ 52,60, e KLBN11 subia 0,81%, cotada a R$ 18,70.
Contexto e expectativas
A implementação da tarifa adicional busca equilibrar as relações comerciais entre os dois países, mas também traz incertezas sobre o impacto nos negócios brasileiros. Especialistas avaliam que a decisão pode abrir espaço para negociações e ajustes futuros em ambos os lados.
Para saber mais detalhes sobre o impacto no setor aéreo e elétrico, acesse a reportagem completa do Globo.
