Brasil, 30 de julho de 2025
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Vice-presidente Geraldo Alckmin se reúne com big techs e EUA

Geraldo Alckmin se reuniu com big techs e um representante dos EUA, discutindo tarifas sobre exportações brasileiras.

O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, após uma importante reunião realizada na terça-feira (29/7), que um representante do governo dos Estados Unidos se juntou a ele e a executivos de grandes empresas de tecnologia. O encontro tinha como objetivo discutir soluções para a alta tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

Negociações em andamento

Alckmin revelou que, durante uma conversa anterior com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Lutnick, ele mencionou seu próximo encontro com as empresas de tecnologia e pediu permissão para que um representante do governo norte-americano participasse da reunião. “Ele pediu se poderia um representante dele participar. Então participou”, explicou o vice-presidente.

Embora Alckmin não tenha revelado a identidade do representante dos EUA, a lista de participantes do encontro é significativa, incluindo grandes nomes como Meta, Google, Amazon, Apple, Visa e Expedia. Essas empresas trouxeram à tona questões importantes, como segurança jurídica, inovação tecnológica e ambiente regulatório, que foram discutidas durante a reunião.

Reação à nova tarifa dos EUA

Uma das principais pautas discutidas foi o impacto da nova alíquota de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que entrará em vigor na sexta-feira (1º/8). O presidente justificou a medida como uma reação ao que ele chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta várias ações no Judiciário.

Desde abril, Geraldo Alckmin lidera as negociações relacionadas a esta questão. O novo aumento na tarifa, que começou com uma alíquota inicial de 10%, preocupa o governo brasileiro. Na busca de alternativas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que está elaborando um plano de contingenciamento para diminuir os possíveis impactos dessa nova medida sobre a economia, buscando preservar empregos em diferentes setores do país.

Colaboração entre estados e governo federal

Ainda na terça-feira, o vice-presidente se reuniu com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, um dos principais exportadores de aço, pescado e máquinas do Brasil. O encontro ressalta a importância da colaboração entre os níveis federal e estadual na análise e resolução de questões econômicas que afetam as exportações brasileiras.

Sobre o plano de contingenciamento, Alckmin afirmou que ele só será discutido caso a nova alíquota realmente seja implementada, uma medida que ele está se esforçando para evitar. “Estamos trabalhando para que a diminuição da alíquota seja para todos. Não faz sentido ter uma alíquota de 50% para um país que é um grande comprador de você, especialmente considerando que temos uma balança comercial superavitária”, declarou Alckmin.

Resposta do Brasil à tarifa de Trump

Ainda assim, o governo brasileiro não está disposto a ficar passivo diante dessa nova realidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mencionado a possibilidade de responder à nova tarifa de Trump utilizando a Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao Brasil adotar ações comerciais em resposta a medidas unilaterais de outros países ou blocos econômicos.

Esse cenário tensa as relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos, levando a uma complexa negociação que envolve tanto o setor público quanto o privado. O desenrolar dessa situação terá implicações significativas para as exportações brasileiras e, consequentemente, para a economia do país.

Com as discussões em andamento e a colaboração entre diversos atores, Alckmin e sua equipe buscam ativamente soluções que possam minimizar os efeitos adversos dessa nova tarifa. A continuidade do diálogo entre o governo brasileiro e as big techs é um passo importante para encontrar um caminho viável que beneficie ambas as partes e assegure o crescimento econômico sustentável do Brasil.

Em suma, a reunião e as negociações subsequentes refletem a necessidade urgente de um entendimento mais claro e colaborativo entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente em tempos de tensões comerciais e desafios econômicos globais.

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