Durante sua saída para uma viagem de golfe de fim de semana, que deve custar pelo menos 10 milhões de dólares aos contribuintes americanos, Donald Trump foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de perdoar Ghislaine Maxwell, companheira de Jeffrey Epstein. Ele não respondeu categoricamente à pergunta, deixando no ar a hipótese de uma eventual decisão favorável.
Indiferença ou estratégia?
Quando indagado se consideraria perdoar ou comutar a sentença de Maxwell, condenado a 20 anos de prisão por ajudar Epstein a explorar sexualmente jovens, Trump desconversou: “Não quero falar sobre isso”.
Maxwell está atualmente cumprindo sua pena em uma prisão federal em Tallahassee, na Flórida. O ex-presidente também evitou comentar sua conexão pessoal com Epstein, embora tenha sido alvo de especulações sobre seu relacionamento com o bilionário, que morreu na prisão em 2019.
Encontros e movimentações
Na mesma ocasião, o vice-procurador-geral Todd Blanche se reuniu com Maxwell, numa tentativa de acalmar críticas geradas pelo recuo do governo Trump na liberação de registros relacionados à investigação de Epstein. Trump elogiou Blanche, chamando-o de “excelente advogado”.
Desvio de atenção
Em sua resposta, Trump preferiu direcionar as atenções para outras figuras, sugerindo que nomes de “fundos de hedge” e do ex-presidente Bill Clinton possam estar envolvidos nos arquivos de Epstein. Clinton, por sua vez, negou ter conhecimento dos crimes cometidos pelo financista.
Mensagens controversas
Durante a entrevista, Trump também negou ter escrito uma mensagem de aniversário de teor lascivo para Epstein, que incluía uma ilustração de uma mulher nua e uma frase enigmática, uma suposta evidência publicada pelo Wall Street Journal na semana passada.
Especialistas avaliam que a postura de Trump reflete uma tentativa de evitar compromissos e proteger sua imagem, enquanto as investigações sobre Epstein e Maxwell continuam a gerar repercussões no cenário político e judicial.