Nesta segunda-feira, Donald Trump deu uma declaração ambígua e contrária às explicações oficiais sobre a relação com o condenado por tráfico sexual Jeffrey Epstein. Enquanto a Casa Branca alegava que Trump se afastou de Epstein por considerá-lo um “creep”, o próprio ex-presidente afirmou que nunca visitou a ilha do bilionário e que o afastamento ocorreu após Epstein contratar seus funcionários.
Conflito de versões sobre o afastamento de Epstein
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Steven Cheung, Trump teria expulsado Epstein do seu clube por suas atitudes inadequadas. “O fato é que o presidente o expulsou por ser um cretino”, declarou à New York Times. No entanto, Trump supostamente afirmou a jornalistas que não teve o privilégio de visitar a ilha de Epstein, empregando uma expressão pouco convencional ao se referir ao local.
“Nunca tive o privilégio de ir à ilha dele”, afirmou Trump, numa declaração que contradiz versões anteriores. Ele também acrescentou que sua ruptura com Epstein ocorreu por causa de empregos que Epstein contratou de seus funcionários, e não por questões relacionadas a crimes sexuais.
Relacionamentos e acusações impactantes
Apesar das declarações de Trump, há indícios de que seu relacionamento com Epstein foi mais estreito do que ele admite. Virginia Giuffre, uma das principais vítimas de Epstein, trabalhou na mansão de Trump no Mar-a-Lago em 2000, após Maxwell, braço direito de Epstein, oferecer-lhe um emprego como massagista. Giuffre morreu por suicídio em abril, após anos de alegações de tráfico sexual.
Em suas declarações recentes, Trump tentou minimizar sua ligação com Epstein, sugerindo que outros nomes presentes nos arquivos do milionário também merecem investigação. Ele reforçou que nunca visitou a ilha de Epstein, embora admita ter recebido convites.
Novas contradições e implicações
As divergências entre a versão oficial da Casa Branca e a narrativa de Trump alimentam especulações sobre os verdadeiros motivos do distanciamento entre o ex-presidente e Epstein. Autoridades e especialistas continuam investigando o histórico de relacionamentos de Trump com Epstein, enquanto o público questiona a transparência de seus depoimentos.
A situação reacende debates sobre possíveis conexões de figuras públicas com criminosos sexuais e as consequências políticas dessas versões diferentes. O episódio evidencia a complexidade das relações de poder e influência no cenário político-americano.
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