A Baixada Santista, localizada no litoral de São Paulo, enfrenta uma situação crítica devido à combinação de ventos intensos e uma forte ressaca marítima. Entre as cidades mais afetadas está Santos, onde os ventos alcançaram velocidades de até 81,69 km/h e as ondas chegaram a alturas impressionantes de 3,35 metros, segundo informações da Defesa Civil. A travessia de balsas entre Guarujá e Bertioga foi interrompida, e o canal de navegação do Porto de Santos, o maior do país, foi fechado desde a madrugada de terça-feira (29).
Impactos nas operações portuárias
A Autoridade Portuária de Santos (APS) foi rápida em tomar medidas de segurança, suspendendo a entrada e saída de navios a partir das 2h, quando ficou evidente que as condições no mar estavam impraticáveis. A ressaca marítima não é uma novidade para a região, mas a intensidade desta recente tempestade provocou preocupação quanto à segurança das embarcações. A Praticagem de São Paulo destacou que a altura das ondas pode causar riscos para os navios, que podem embater no fundo do canal de acesso. Esta situação leva a um alerta redobrado para capitanias e autoridades marítimas.
Cuidados recomendados pela Defesa Civil
A Defesa Civil de São Paulo emitiu recomendações severas para a população, especialmente para pescadores, praticantes de esportes aquáticos e frequentadores das praias. A orientação é para que esses grupos se mantenham longe da costa, já que as condições meteorológicas devem continue a ser instáveis durante o dia. Além disso, a secretaria sugeriu que todos que residem ou estão em áreas costeiras mantenham atenção redobrada, considerando os efeitos de ventos fortes que podem acompanhar a ressaca.
Paralisação das balsas
Na manhã de terça-feira, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) divulgou que a operação da travessia de balsas Guarujá-Bertioga foi interrompida por volta das 4h10, mas conseguiu ser restabelecida duas horas depois, às 6h35. No entanto, a cadeia de paralisações começou ainda no dia anterior, quando a travessia ficou inativa por aproximadamente 15 horas, das 5h50 às 21h07. Esses períodos sem operação afetam não apenas os moradores da região, mas também o turismo e o comércio local.
Previsões para o tempo
Para o restante do dia, as previsões meteorológicas indicam que o litoral paulista continuará sob a influência de um sistema de baixa pressão no Atlântico. Isso resultará em mar agitado e temperaturas amenas no estado, variando entre 18°C e 23°C. O fenômeno, que já causou uma série de estragos em dias anteriores, continua a preocupar as autoridades locais.
Danos e consequências na região
Os ventos fortes não apenas dificultaram a navegação, mas também causaram consideráveis danos materiais na Baixada Santista. Em Santos e Mongaguá, rajadas de vento ultrapassaram os 100 km/h, resultando em quedas de árvores e outros incidentes. Um portão que se desprendeu de uma garagem atingiu um ônibus, e na cidade de Iguape, os ventos derrubaram árvores e destruíram a estrutura de um campo de futebol. Além disso, 34 tendas destinadas à Festa de Bom Jesus de Iguape, a segunda maior celebração religiosa do estado, foram danificadas, comprometendo a realização do evento.
Com a previsão de que a ressaca marítima e os ventos intensos sigam afetando a região, a população é orientada a permanecer em segurança e a evitar áreas de risco. As autoridades permanecem em alerta para gerenciar a situação e garantir a segurança de todos.
Para mais atualizações sobre o clima na Baixada Santista e as operações do Porto de Santos, acompanhe as notícias locais e as orientações da Defesa Civil.