As ações do governo de Portugal para reforçar o controle de imigração têm ganhado destaque na agenda política do país, especialmente nas cidades de Lisboa e Porto. Com foco na repressão às redes ilegais e na reforma das políticas de entrada, o tema virou uma pauta central nas campanhas municipais de 2025.
Reforço na fiscalização e ações policiais
Segundo informações do Portugal Giro, a criação da unidade nacional de controle de fronteiras resultou em uma fiscalização mais incisiva. No primeiro semestre, a Polícia de Segurança Pública abordou cerca de três mil pessoas no Porto, intensificando ações contra redes de imigração irregular.
Propostas de candidatos e o cenário local
No Porto, o ex-ministro Pedro Duarte divulgou um programa de campanha que prioriza o “combate firme à imigração ilegal e irregular”. Duarte propõe a formação de equipes municipais de fiscalização, articuladas com outras autoridades, para identificar e combater redes ilícitas, uma das suas principais prioridades.
Já em Lisboa, o atual prefeito Carlos Moedas, candidato à reeleição, sugeriu a criação de “contingentes” de cotas de entrada para imigrantes, defendendo que as políticas de imigração devem ser “dignas, eficazes e firmes”. Moedas explicou que o objetivo é atrair profissionais de áreas específicas, como engenharia e tecnologia, definindo limites de entrada conforme as prioridades do país.
Debates sobre imigração e posições políticas
A proposta de Moedas, apoiada por partidos de centro-direita, recebeu críticas de opositores na Câmara Municipal. A coluna do Portugal Giro destaca ainda que o governo já decidiu limitar o visto de procura de emprego a “trabalhador qualificado”, uma medida bastante criticada pelos brasileiros e outros imigrantes.
Moedas, que já morou na França, afirma que a imigração é fundamental para Portugal, mas defende regras mais rígidas para entrada e permanência no país. “Queremos mais pessoas na área da engenharia, tecnologia, serviços, hotelaria. Podemos chamar contingentes, o que quisermos”, declarou, reforçando sua posição diante da imprensa.
Contexto eleitoral e projeções futuras
As propostas de Duarte e Moedas representam sinais de que a questão migratória será intensamente discutida na campanha eleitoral de 2025. A coligação de centro-direita, que inclui partidos como PSD e CDS-PP, aposta em propostas de linha mais dura na imigração, alinhadas às políticas de ultradireita que prevalecem no governo de Portugal neste período.
Especialistas apontam que o aumento da fiscalização e o discurso de controle reforçam o debate sobre o papel da imigração na economia portuguesa, ao mesmo tempo em que alimentam tensões sociais. Para muitos imigrantes, sobretudo brasileiros, as mudanças impressas pelo governo têm causado preocupações e dificultado o acesso à regularização.
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