Brasil, 30 de julho de 2025
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PL convoca Câmara a reagir contra prisão de Carla Zambelli

Partido Liberal defende a deputada presa na Itália e critica a situação política no Brasil.

Nesta terça-feira (29), o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), fez um apelo a todos os deputados para que “reajam” à prisão da deputada federal Carla Zambelli, detida em Roma, Itália. Zambelli foi presa após quase dois meses foragida e acusada de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Solidariedade à deputada

Em uma nota enviada à imprensa, Sóstenes declarou que a bancada do PL expressa total solidariedade à colega. Ele argumentou que a prisão de Zambelli é um sinal alarmante do que chama de “exílio político” de parlamentares em seu próprio país. “Se o Parlamento aceitar calado o exílio político de seus membros, a censura de seus líderes e a criminalização da oposição, estará assinando sua própria rendição”, afirmou o líder do PL.

De acordo com ele, o Brasil vivencia um “constrangimento diplomático e democrático” ao ver uma parlamentar buscando proteção internacional por não ter as garantias mínimas do Estado de Direito em seu próprio país. Sóstenes fez uma crítica direta ao Judiciário, afirmando que este tem concentrado poderes que não lhes foram atribuídos pela Constituição, levando a uma situação de exceção onde juízes atuam sem controle ou transparência.

Contexto da prisão

A prisão de Carla Zambelli gerou reações dentro e fora do Congresso Nacional. A deputada, que ficou foragida por um período, se entregou às autoridades italianas e está atualmente solicitando asilo político, além de contestar sua extradição ao Brasil. A Polícia Federal (PF) afirmou que contou com a ajuda de autoridades italianas e da Interpol na captura da deputada, enquanto sua defesa discorda e afirma que Zambelli se entregou voluntariamente.

Além disso, o líder do PL associou o caso de Zambelli às medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Essa associação visa mostrar uma suposta tendência de perseguição política contra membros da oposição no Brasil, observando que Bolsonaro não pode sair do país e deve usar tornozeleira eletrônica.

Apoio da oposição

A oposição ao governo já havia manifestado sua intenção de ignorar o recesso do Congresso Nacional, tentando pautar moções em louvor a Bolsonaro nas comissões de Segurança Pública e Relações Exteriores. Contudo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), impediu a realização dessas reuniões até agosto, quando as atividades da Casa serão retomadas.

Visão crítica do cenário político

Na nota divulgada à imprensa, o PL destacou uma série de preocupações sobre a situação política e a liberdade de expressão no Brasil, mencionando “deputados silenciados, jornalistas banidos, presidentes sob tornozeleira e contas bloqueadas”. O líder da bancada ressaltou que o clima de repressão que se observa é um sinal de uma ruptura institucional que já se solidifica.

“Estamos testemunhando, com perplexidade, um estado de exceção camuflado” afirmou Sóstenes, enfatizando que o silêncio das instituições que deveriam proteger a democracia é preocupante e revela uma falha na defesa dos direitos fundamentais.

O futuro da deputada

Enquanto isso, Carla Zambelli aguarda uma decisão da Justiça italiana sobre sua possível extradição para o Brasil. A situação da deputada permanece uma preocupação central para seus apoiadores, que veem nela não apenas a luta por sua liberdade, mas uma batalha mais ampla pela liberdade de expressão e pelos direitos democráticos em todo o país.

O desdobramento deste caso promete impactar o cenário político brasileiro nos próximos meses, principalmente com a reação de outros parlamentares e a resposta do governo federal diante dessa situação que já se tornou um ponto de discussão e polarização no Congresso.

Assim, a liderança do PL afirma estar ao lado de cada parlamentar perseguido e de cada brasileiro silenciado, manifestando a importância de lutar por um ambiente democrático onde o diálogo e o respeito aos direitos se façam presentes.

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