Giezica Muller, uma mulher de 28 anos, viu sua vida se transformar em um verdadeiro pesadelo após decidir realizar um procedimento estético. A escolha ocorreu há cerca de quatro meses, quando encontrou o perfil de uma mulher que se apresentava como biomédica nas redes sociais. A profissional aparentava ter uma boa reputação, com avaliações positivas e resultados satisfatórios, levando Giezica a acreditar que estava em boas mãos. No entanto, ao optar por um procedimento de aumento dos glúteos com ácido hialurônico, a jovem experimentou uma nova realidade: efeitos colaterais devastadores.
A história de Giezica e as consequências do procedimento
Após a primeira aplicação, Giezica notou que algo não estava certo. O que deveria ser um simples procedimento se transformou em diversas complicações, que não apenas afetaram sua aparência, mas também sua saúde emocional. “Foi um choque. Eu não esperava passar por isso. A dor e a deformação que vi em meu corpo mudaram tudo”, relata Giezica.
Ela não está sozinha nessa jornada. Juntamente com mais três mulheres, Giezica decidiu registrar um boletim de ocorrência, denunciando a suposta biomédica. O caso ganhou notoriedade e abriu um inquérito policial, que investiga a atuação irregular da profissional, que, segundo a Polícia Civil, pode ter danificado a vida de várias vítimas inocentes.
Falta de regulamentação e riscos aos pacientes
Esse episódio levanta uma questão alarmante sobre a regulamentação e a fiscalização dos profissionais da saúde estética no Brasil. O Conselho Regional de Biomedicina da 5ª Região confirmou que a mulher identificada como biomédica não possui registro profissional. Essa situação coloca em risco não apenas a segurança dos pacientes, mas também a credibilidade de uma área que vem crescendo consideravelmente nos últimos anos.
A falta de um acompanhamento mais rigoroso por parte das autoridades competentes abre espaço para que profissionais sem formação adequada coloquem em risco a saúde de pessoas que buscam tratamentos estéticos. “É fundamental que as pessoas verifiquem a credencial de quem está realizando procedimentos”, alerta Dra. Juliana, especialista em estética. “Apenas profissionais habilitados devem realizar esses serviços”, complementa.
Investigação em andamento e apoio às vítimas
Com o aumento de denúncias como a de Giezica, a Polícia Civil reforçou que todas as vítimas serão ouvidas em breve. Especialistas também têm se manifestado sobre a necessidade de maior conscientização da população acerca dos riscos de se submeter a procedimentos estéticos com profissionais não habilitados.
Além da dor e da desconstrução da autoestima, Giezica e as outras mulheres enfrentam os desafios de um tratamento reparador. O processo não apenas envolve intervenções médicas, mas também um trabalho psicológico para restaurar a autoconfiança abalada e lidar com as sequelas deixadas pelos procedimentos inadequados.
Reflexões sobre a busca pela estética
A história de Giezica é um triste lembrete de que a busca pela beleza não deve ser feita às cegas. A pressão social e o desejo por padrões estéticos muitas vezes levam as pessoas a tomarem decisões precipitadas, sem considerar as consequências. “Nós precisamos falar mais sobre isso”, conclui Giezica. “É importante que as pessoas entendam que a estética é uma construção que deve ser feita com segurança e, acima de tudo, com respeito à saúde.”
Que este episódio sirva como um alerta para todas as pessoas que desejam realizar procedimentos estéticos. A desinformação pode ser perigosa, e conhecer os profissionais e os processos que envolvem os tratamentos é essencial para evitar desastres.
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