Uma mulher revelou às autoridades que teve um contato no Tinder com Bryan Kohberger, o suspeito de matar quatro estudantes da Universidade de Idaho, semanas antes dos crimes, mas decidiu encerrar a conversa após perguntas inquietantes sobre assassinato, segundo documentos recém-divulgados.
Conexão via aplicativo e conversas ameaçadoras
De acordo com o relatório policial divulgado nesta semana pela polícia de Moscow, Idaho, a mulher disse que Kohberger se apresentou como estudante de criminologia na Washington State University, localizada a aproximadamente oito milhas do local do crime. Eles planejaram se encontrar durante o recesso de Natal, quando ele voltou para casa.
As conversas entre eles incluíram discussões sobre o assassinato de uma amiga da mulher na sua cidade natal, além de filmes de horror, como as versões do Rob Zombie. Ela relatou que Kohberger perguntou qual seria a “pior maneira de morrer” e, ao responder que seria com uma faca, ele questionou se ela se referia a uma Ka-Bar, uma faca de combate grande.
Denúncia e reconhecimento após prisão
A mulher afirmou que, após a prisão de Kohberger, ela reconheceu seu rosto na mídia e lembrou da menção ao punhal Ka-Bar, o que a motivou a ligar para a polícia em março do ano passado. Ela também revelou que pagou uma taxa extra na busca do Tinder para ampliar o raio de resultados, já que não tinha correspondências na sua área.
Segundo ela, o contato foi interrompido por considerar as perguntas de Kohberger “desconfortáveis”. A policial responsável pelo caso afirmou que não conseguiu verificar a autenticidade da história, pois a mulher alegou que não tinha mais acesso à sua conta na plataforma.
Investigações e a busca por registros
A polícia tentou obter registros do Tinder relacionados à mulher, mas a plataforma informou não possuir qualquer dado sobre o perfil mencionado. O detetive que conduz o caso afirmou que, caso novas informações surjam, solicitará uma autorização judicial para acessar as contas do suspeito.
Impacto do caso e condenação
Kohberger foi condenado na quarta-feira a quatro penas de prisão perpétua consecutivas pelo brutal assassinato dos estudantes Kaylee Goncalves, Ethan Chapin, Xana Kernodle e Madison Mogen, em uma das investigações mais chocantes dos últimos anos no país.
O caso continua a gerar repercussão, alimentando debates sobre o papel de aplicativos de encontros e a importância de precauções em relacionamentos virtuais.
Para mais detalhes sobre o processo e as investigações, consulte o relatório oficial da polícia de Idaho.