Uma mulher relatou à polícia que manteve contato com Bryan Kohberger, o suspeito condenado pelos homicídios de quatro estudantes na Universidade de Idaho, em uma aplicação de namoro semanas antes do crime. Segundo documentos divulgados pela polícia de Idaho, ela decidiu encerrar a conversa após perguntas que a deixaram desconfortável, incluindo referências a mortes e a uma faca Ka-Bar.
Conversa com Kohberger e o motivo da desistência
De acordo com o relatório policial, a mulher afirmou ter feito o match com Kohberger em setembro ou outubro de 2022, após pagar uma assinatura extra na Tinder para ampliar sua busca. Ela contou que Kohberger se apresentou como estudante de criminologia na Washington State University, a cerca de oito milhas do local do crime, e que chegaram a planejar um encontro no período de Natal, quando ele iria visitar a casa dos pais na Pensilvânia.
Detalhes das conversas perturbadoras
As conversas incluíam discussões sobre o assassinato de uma amiga na cidade dela anos antes, além de gostos por filmes de terror, como os de Rob Zombie. O detetive responsável pelo caso, Brett Payne, revelou que Kohberger perguntou à mulher o que ela considerava a pior forma de morrer e, ao ela responder com uma faca, ele indagou se ela pensava na Ka-Bar, uma faca de combate.
A mulher disse à polícia que desconhecia o que era uma Ka-Bar e foi procurar a arma na internet. Ela então resolveu cortar contato com Kohberger, pois suas perguntas a deixaram desconfortável, o que, segundo o relatório, foi o motivo principal para interromper a comunicação.
Investigação policial e desfecho do caso
Somente depois da prisão de Kohberger, ela identificou sua foto e se lembrou da conversa, levando à denúncia às autoridades. A vítima afirmou que não tinha mais acesso à conta do Tinder e que, por isso, não foi possível verificar completamente suas informações junto à plataforma.
O relatório de polícia também revelou que, ao procurar registros da conta na Tinder, os investigadores não encontraram dados que confirmassem a história da mulher. Payne afirmou que, se novas informações surgissem, solicitariam uma busca formal na plataforma.
Sentença e impacto do caso
Na última quarta-feira, Kohberger foi condenado a quatro penas de prisão perpétua consecutivas pelo assassinato de Kaylee Goncalves, Ethan Chapin, Xana Kernodle e Madison Mogen. O criminoso, que também esteve sob acusação por ameaças anteriores, foi preso na Pensilvânia, na casa dos pais, logo após a identificação na investigação.
A história reforça o impacto que as redes sociais e aplicativos de relacionamento podem ter na segurança, especialmente em casos envolvendo criminosos em potencial. A polícia destacou que ainda investigará possíveis ligações entre as conversas na internet e o momento dos crimes.
Implicações futuras e levantamentos adicionais
Autoridades afirmaram que continuarão apurando o histórico digital de Kohberger e possíveis contatos que possam auxiliar na investigação de outros possíveis delitos ou ligações com o caso. A denúncia da mulher também reforça a importância de informações de testemunhas, mesmo aquelas aparentemente insignificantes no início.
Este caso levanta discussões sobre a privacidade, segurança digital e os perigos de interações online com indivíduos que podem revelar aspectos assustadores de sua personalidade antes de cometer crimes graves.
**Meta descrição:** Mulher que se correspondeu com Bryan Kohberger no Tinder relata perguntas perturbadoras, que a levaram a cortar contato antes dos crimes na Universidade de Idaho.
**Tags:** Crime, Polícia, Idaho, redes sociais, investigação digital