Brasil, 30 de julho de 2025
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Mudanças no controle do Banco Master envolvem Banco Central

Daniel Vorcaro deve deixar o controle do Banco Master após questionamentos do Banco Central sobre a operação com o BRB

O proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, deverá ser afastado do controle do grupo que está sendo formado na negociação com o banco estatal BRB. A decisão ocorre após novos questionamentos do Banco Central (BC), que apontaram irregularidades na operação e sugerem a retirada de Vorcaro da coordenação do negócio.

Questões internas e impacto no mercado

A permanência de Vorcaro no controle causava desconforto tanto no mercado financeiro quanto no próprio BC. A avaliação é de que sua presença equivalia a uma espécie de prêmio à conduta do executivo, o que preocupava as autoridades reguladoras. Segundo fontes próximas às negociações, a saída do dono do Banco Master deve ocorrer para melhorar a qualidade do procedimento.

Novo desenho da operação e revisão pelo Banco Central

O novo formato do negócio foi comunicado ao BC nesta segunda-feira, após ajustes exigidos pelo órgão regulador. A operação, que deve envolver cerca de R$ 25 bilhões, passou por uma significativa redução no seu perímetro, eliminando ativos considerados de menor qualidade, como precatórios e participações em empresas em dificuldades. Assim, a expectativa é de que a análise do BC seja concluída em breve, com maior viabilidade econômica.

Redução do perímetro e aprimoramento dos ativos

Em julho, a operação já havia sofrido uma nova redução de R$ 48 bilhões nos ativos envolvidos, após uma revisão que retirou ativos que elevavam o risco do negócio. Essa mudança visa garantir que o conglomerado seja mais sólido e que o negócio seja sustentável a longo prazo. Quanto menor o perímetro, melhor a qualidade dos ativos, de acordo com fontes envolvidas.

Controvérsias e riscos associados à operação

O Banco Central também levantou preocupações quanto às inconsistências na compra de carteiras de crédito consignado por parte do BRB e do Banco Master em 2024. Além disso, o órgão monitora de perto a estratégia do banco de captar recursos com CDBs, oferecendo retornos acima da média, com respaldo do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Caso o Banco Master sofra uma crise, o FGC arcará com ressarcimentos, o que preocupa especialistas, especialmente considerando os ativos ilíquidos envolvidos.

Potenciais desdobramentos e posições do BC

Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, é um dos opositores à operação. Ele tem defendido uma intervenção no Banco Master, sobretudo após constatação de irregularidades internas por um grupo de trabalho. O BC ainda não se manifestou oficialmente sobre essa posição, mas as discussões internas indicam maior rigor na avaliação do negócio.

De acordo com dados de 2024, o Banco Master tinha R$ 12,4 bilhões de CDBs a vencer até o final do ano, em equilíbrio com um ativo total de R$ 18,3 bilhões. A situação financeira do banco e os riscos associados à operação estão no centro do debate, diante do impacto potencial para o sistema financeiro brasileiro.

Para mais detalhes, acesse a reportagem completa no O Globo.

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