A ex-estilista Monica Lewinsky comentou nesta quarta-feira (27) as declarações do ex-apresentador do Tonight Show, Jay Leno, que criticou a atuação de hosts de programas noturnos por se tornarem excessivamente políticos. Leno, que participou de uma entrevista com a Ronald Reagan Presidential Foundation & Institute, defendeu que o humor deve variar para atingir toda a audiência, apontando que muitas vezes faz piadas sobre políticos democratas e republicanos de forma equilibrada.
Lewinsky destaca histórico de piadas e critica abordagem de Leno
Em suas redes sociais, Lewinsky repostou uma matéria do BuzzFeed que detalha o volume de piadas feitas por Leno sobre ela própria, chegando a ser a sétima figura mais alvo do humor do ex-apresentador, com 454 piadas. Ela também compartilhou uma mensagem ressaltando o quanto foi alvo de piadas cruéis ao longo dos anos, afirmando: “Leno fez muitas piadas cruéis sobre mim (…), essa foi uma das razões pelas quais fiquei na lista de principais alvos.”
“Se o objetivo é só divertir, por que então fazer piadas que ferem e alienam? Meu ponto é que o humor pode ser inteligente e ao mesmo tempo incluir todos,” declarou Lewinsky em postagem na plataforma X.
Contexto das declarações de Leno e a resposta de Lewinsky
Jay Leno defendeu a importância do humor político equilibrado e criticou a tendência de alguns comediantes de se alinharem fortemente a um lado político. Segundo ele, fazer piadas sobre os dois principais partidos é essencial para preservar a universalidade do humor.
Por outro lado, estudos como o da George Mason University indicam que Leno direcionou na maioria das vezes piadas mais direcionadas aos democratas, especialmente contra Bill Clinton, alvo de 4.607 piadas, de 1992 a 2014. Monica Lewinsky foi alvo de 454 dessas piadas, o que demonstra o intenso foco que recebeu durante sua trajetória pública.
Impacto na percepção pública de figuras públicas
A resposta de Lewinsky torna-se ainda mais relevante considerando o debate atual sobre o papel do humor na sociedade e suas consequências. “Humor que aliena ou humilha pode reforçar estereótipos e prejudicar quem é alvo dele,” afirmou a ex-estilista, acrescentando que o espectador deve refletir sobre o impacto dessas piadas.
O movimento contra o cancelamento e a sensação de que o humor deve permanecer independente de ideologias ganha força com figuras públicas como Lewinsky, que destacam os limites da comicidade perante o impacto emocional e social.
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