Em entrevista recente, Matthew Lawrence, ator que atuou ao lado de Robin Williams na franquia Mrs. Doubtfire, expressou seu desejo de usar inteligência artificial para reconstruir a voz do falecido ator, gerando forte repercussão nas redes sociais. A iniciativa ocorre duas anos após Zelda Williams, filha de Robin, condenar o uso de IA para recriar a voz do pai, considerando a prática “perturbadora”.
Reações contrárias ao uso de IA para reviver Robin Williams
Robin Williams faleceu por suicídio em 2014, aos 63 anos, mas sempre foi considerado alguém que zelava pelo uso de sua voz de forma cuidadosa. Em 2021, Zelda Williams afirmou que a ideia de treinar modelos de IA para criar imagens e vozes de atores que não podem consentir é “perturbadora e desrespeitosa”.
Ela declarou em apoio à luta do Sindicato dos Atores e do Sindicato dos Roteiristas contra o uso de inteligência artificial, afirmando que várias pessoas desejam treinar esses sistemas sem autorização dos atores. Zelda ressaltou a preocupação com a violação da liberdade dos atores.
Matthew Lawrence e sua postura controversa
O ator, que interpretou Chris na comédia Mrs. Doubtfire, de 1993, sempre falou sobre a importância de Robin na sua formação artística. Em entrevista ao Entertainment Weekly, Lawrence afirmou que, ao trabalhar com Robin no filme, teve uma das experiências mais valiosas de sua carreira.
Durante uma participação recente na cobertura do Comic-Con para a mesma publicação, Matthew reforçou o desejo de usar IA para revitalizar a voz de Robin Williams, o que recebeu críticas severas nas redes sociais. Um tweet viralizou com a reação direta: “Foda-se, diga a ele para se ferrar”.
Reações do público e controvérsia
Mensagens de usuários nas redes sociais também abordaram as opiniões de Zelda, com um comentário destacando a complexidade do tema: “Dúvido que Matthew vá conseguir a permissão para fazer isso”. Outros criticaram a ideia de tratar Robin Williams como um objeto a ser restaurado por IA, ressaltando a necessidade de respeito à memória do artista.
Futuro e dilemas éticos
A discussão sobre o uso de inteligência artificial na indústria do entretenimento continua acalorada. Especialistas alertam para os riscos de explorar a imagem de atores falecidos sem consentimento, enquanto alguns defendem que experiências como essas podem servir como homenagens inovadoras, desde que feitas com respeito e autorização.
O debate deve se aprofundar nos próximos meses, enquanto a tecnologia avança e o mercado busca equilibrar inovação e ética no uso de memórias digitais de artistas queridos.