Brasil, 30 de julho de 2025
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Matthew Lawrence defende uso de IA para reviver voz de Robin Williams

Atuação de Lawrence gera polêmica ao sugerir reapresentar Robin Williams com inteligência artificial, reacendendo debates sobre consentimento

Em uma entrevista recente, Matthew Lawrence, ator que trabalhou com Robin Williams na infância, afirmou que deseja usar inteligência artificial para trazer a voz do eterno humorista de volta ao público, o que gerou forte backlash nas redes sociais. A declaração reacendeu antigas discussões sobre ética, consentimento e os limites do uso de tecnologia com figuras públicas falecidas.

Polêmica pelo uso de IA para reviver vozes de artistas falecidos

No final de semana, Lawrence disse ao podcast da Entertainment Weekly que a tecnologia poderia oferecer uma experiência única e “muito especial” em homenagem a Robin Williams, com quem atuou em “Mrs. Doubtfire” quando tinha apenas 12 anos. Segundo ele, Robin foi uma inspiração fundamental para sua formação artística, o que reforçou sua ideia de usar IA para manter vivo o legado do ator.

Entretanto, fãs e familiares de Robin Williams não aprovaram a proposta. Zelda Williams, filha do ator, ficou especialmente crítica. Em 2023, ela se manifestou publicamente contra o uso de IA para recriar a voz do pai, descrevendo a ideia como “perturbadora” e defendendo que ninguém deveria ser forçado a Concordar com tal uso. “Vi de perto como muitas pessoas querem treinar esses modelos sem o consentimento de quem acabou de partir”, afirmou na ocasião, apoiando a luta dos sindicatos de atores e roteiristas contra o uso de IA.

Reações e críticas às declarações de Matthew Lawrence

A fala de Lawrence gerou reações imediatas nas redes sociais, muitas delas críticas. Um tweet viralizou com a frase “Diga a ele para c*ralho”, expressando o repúdio à intenção de usar IA para reviver a voz de Robin Williams.

Outra pessoa compartilhou uma captura de tela de uma reportagem sobre Zelda, reforçando a opinião de que “é improvável que ele consiga essa permissão”, reforçando o que a própria filha do comediante já havia declarado anteriormente. As reações negativas evidenciam o distanciamento entre a perspectiva de alguns artistas e o desejo de preservar a integridade e a vontade de figuras falecidas.

Perspectivas éticas e o impacto na memória de Robin Williams

Especialistas na área de ética e tecnologia alertam para os riscos de usar IA dessa forma, especialmente sem o consentimento dos familiares ou do próprio artista em vida. “Há uma linha tênue entre homenagem e violação da dignidade do artista”, explica a professora de ética digital, Ana Oliveira. “O uso da inteligência artificial para recriar vozes de pessoas falecidas deve ser feito com responsabilidade e respeito.”

Enquanto isso, fãs e familiares continuam a debater o limite entre inovação e respeito à memória de Robin Williams, reforçando a necessidade de discutir de forma mais ampla os limites éticos do uso de IA no universo do entretenimento.

Próximos passos no debate sobre IA e direitos de imagem

O tema deve permanecer em evidência enquanto a tecnologia evolui rapidamente e sua aplicação na indústria do entretenimento se intensifica. O caso de Robin Williams exemplifica os desafios éticos que ainda precisam ser enfrentados pela sociedade, pelos artistas e pelas empresas do setor.

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