Brasil, 29 de julho de 2025
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Massacre na paróquia Bienheureuse-Anuarite choca República Democrática do Congo

Padre Dieudonné Liringa atualiza o massacre que deixou 32 mortos durante celebração religiosa em Komanda

Uma tragédia abalou a paróquia Bienheureuse-Anuarite, localizada na pequena cidade de Komanda, na República Democrática do Congo, quando uma celebração religiosa se transformou em um pesadelo, resultando em um massacre que deixou 32 mortos, incluindo várias crianças. O ataque, atribuído à milícia Forças Democráticas Aliadas (ADF), ocorreu na noite do último domingo, durante o Jubileu da Cruzada Eucarística, quando dezenas de fiéis se reuniam para comemorar a data especial. Em seu testemunho, o Padre Dieudonné Liringa, vigário paroquial, narra os horrores vividos pela comunidade, pedindo orações por paz e reconciliação.

A tragédia do Jubileu

Em uma entrevista concedida à mídia do Vaticano, o Padre Liringa explicou que, desde a última sexta-feira, os jovens da Cruzada Eucarística estavam se preparando para a celebração do Jubileu de Prata, que comemorava 25 anos da chegada do movimento à paróquia. Após uma missa festiva, os participantes foram descansar, ignorando que a noite traria um caos indescritível. Por volta da 1h da manhã, o padre recebeu a primeira notícia alarmante: um incêndio no bairro, que logo foi seguido por tiros. Ele e a comunidade ficaram impossibilitados de deixar o local até as 4h40, quando puderam finalmente ver a devastação.

Os atos de brutalidade

Ao invés da festividade esperada, o Padre Liringa e os fiéis encontraram o cenário aterrador do massacre. Com a ajuda de militares que chegaram posteriormente, foi feito o trágico reconhecimento dos corpos. “Encontramos pessoas que ainda estavam respirando e conseguimos levá-las para o hospital. Contudo, outros já haviam perdido a vida”, lamentou o sacerdote. O sepultamento ocorreu somente na segunda-feira, após a missa de despedida, onde ele expressou que as almas dos mortos foram tragicamente levadas por causa da sua fé.

Vítimas do ataque

As vítimas desse ataque brutal eram, em sua maioria, católicos pertencentes ao movimento da Ação Católica – Cruzada Eucarística. Eram pais, mães e crianças que buscavam celebrar um momento de fé e união. O padre Liringa relatou ainda que diversas crianças estão desaparecidas, criando uma angústia ainda maior entre os familiares e a comunidade. Entre os relatos, uma criança conseguiu escapar e teve a coragem de retornar para relatar os horrores que presenciou.

Motivos do ataque

O vigário paroquial expressou sua confusão em relação aos motivos por trás do ataque. “Não sabemos por que atacaram precisamente a nossa paróquia. Os jovens estavam apenas celebrando sua fé. Foi um ato de violência inexplicável”, reforçou. O luto é compartilhado não apenas entre os parentes das vítimas, mas também entre a comunidade católica global, que observa horrorizada a persistência de tais violências nos dias atuais.

A dor e a esperança no Jubileu

Em meio a essa tragédia, o Papa expressou sua solidariedade através de um telegrama ao presidente dos bispos congoleses. Ele destacou a importância da fé e da unidade na superação dos desafios enfrentados pelos cristãos na região. O Padre Liringa, por sua vez, aborda a significativa relação entre a celebração do Jubileu e a esperança por tempos melhores: “Este ano, ao celebrarmos o Ano Jubilar, esperamos que ele traga paz a nós, jovens, e ao mundo inteiro”.

Ele acrescentou que, apesar das dificuldades, é crucial que os jovens continuem a rezar pela paz em terras que estão longe de estar seguras. O seu apelo é por uma união mundial para que todos possam ter um espaço sagrado para viver a fé sem medo. “Que os jovens que participaram do Jubileu intercedam por nós, que enfrentamos os perigos a cada dia”, concluiu o padre, reafirmando a necessidade de fé e esperança diante do horror.

A tragédia em Komanda não é isolada, mas parte de uma onda de violência que atinge comunidades na República Democrática do Congo e outras partes do mundo. A luta por paz e dignidade humana continua, e as palavras do Padre Liringa ecoam como um chamado à ação para que essa dor não seja esquecida e que a esperança de um futuro melhor prevaleça.

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