Ao acompanhar a final do UEFA Women’s EURO 2025, Jill Scott MBE reflete sobre as conquistas, o racismo ainda presente e o caminho a percorrer no futebol feminino. Uma vida dedicada ao esporte revela que, apesar de avanços, a igualdade ainda demanda esforços constantes.
O progresso do futebol feminino e o combate ao racismo
Jill destaca que, desde o início de sua carreira há mais de 30 anos, o futebol feminino evoluiu consideravelmente, com mais dedicação, visibilidade e maior valorização. No entanto, ela afirma que o racismo ainda é um problema recorrente. “Sei o quanto a intolerância online afeta as jogadoras, como Jess Carter, que precisou se afastar das redes sociais devido a mensagens racistas”, comenta.
Segundo a ex-atleta, a mudança deve acontecer também nas plataformas digitais. “As redes sociais precisam ter mecanismos para impedir esse tipo de mensagem. Não podemos aceitar que as jogadoras tenham que abandonar seus sonhos por causa do ódio”, reforça. Ela também apoia a defesa de Jess Carter, que recentemente anunciou que deixaria as redes por conta do assédio racial.
Avanços e desafios na valorização do futebol feminino
Scott observa que o crescimento da popularidade do esporte trouxe melhorias, como salários maiores e maior cobertura televisiva. Contudo, ela evita comparações diretas com o futebol masculino, destacando que a evolução deve ser vista dentro do próprio contexto do feminino. “Hoje, mais times jogam em estádios como o Emirates, o que é um sinal positivo”, afirma.
Ela aponta que o aumento de infraestrutura e o apoio dos torcedores elevam a qualidade do esporte, mas reforça que ainda há um longo caminho a percorrer. “Queremos mais respeito, mais igualdade salarial, mas estamos avançando passo a passo”, diz.
Inspiração para as próximas gerações
Questionada sobre uma mensagem para as jovens que sonham em ser jogadoras,