Brasil, 30 de julho de 2025
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Hugo Motta comenta prisão de Carla Zambelli e responsabilidade da Câmara

Presidente da Câmara diz que análise sobre prisão não é competência da Casa, apenas sobre perda de mandato da deputada.

Na manhã desta terça-feira (29/7), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, se manifestou sobre a prisão da deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo. Motta afirmou que a Câmara não tem a prerrogativa de deliberar sobre a prisão, mas apenas sobre a possível perda do mandato da parlamentar, que está atualmente detida em Roma, na Itália.

A situação de Carla Zambelli

A deputada Carla Zambelli foi detida em Roma e agora aguarda definição das autoridades italianas sobre sua possível extradição para o Brasil. A situação da parlamentar gerou intenso debate nas redes sociais e a repercussão chegou até ao plenário da Câmara. Hugo Motta esclareceu que tomou conhecimento da prisão de Zambelli através da imprensa e destacou que já consultou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para obter informações preliminares sobre o caso.

“Aguardamos as manifestações oficiais do Ministério da Justiça e do governo italiano. Importante lembrar que as providências que cabem à Câmara já estão sendo adotadas, por meio da Representação que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJC), em obediência ao Regimento e à Constituição”, afirmou Motta.

Processo na Câmara

O presidente da Câmara sublinhou que o processo de cassação do mandato da deputada Zambelli já está sendo tratado na CCJ, mas não há prazo definido para que a análise ocorra. A situação se torna ainda mais complicada pelo histórico da deputada, que já enfrenta condenações. Em 2024, ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Comparativo com outros casos

O caso de Zambelli difere do que ocorreu com o ex-deputado Chiquinho Brazão, que foi preso preventivamente em março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL-RJ. No caso de Brazão, a Câmara dos Deputados precisou deliberar sobre a manutenção da prisão. Contudo, Motta afirmou que, neste momento, a situação é distinta, pois Zambelli já foi condenada.

“Diferentemente do ocorrido com Chiquinho Brazão, não será necessário que os deputados votem sobre a prisão de Zambelli”, reiterou Motta, deixando claro que a análise caberá apenas à Justiça brasileira e às autoridades italianas.

O que vem a seguir?

Com a situação de Carla Zambelli ainda incerta, as próximas semanas poderão trazer novas informações sobre seus desdobramentos legais e políticos. A expectativa é que o Ministério da Justiça traga esclarecimentos sobre os trâmites para a extradição, além de possíveis desenvolvimentos sobre o processo de cassação em curso na Câmara.

No entanto, independente do resultado, a situação representa uma nova complexidade na política brasileira e um desafio para a imagem do Congresso Nacional, que agora enfrenta questões de legalidade e responsabilidade com seus membros.

Considerações Finais

A prisão de Carla Zambelli e seu processamento na Câmara dos Deputados traz à tona a necessidade de redobrarmos a atenção às condutas de nossos representantes. O papel da Câmara e do STF no monitoramento e avaliação dessas situações é crucial para a construção de um Parlamento mais ético e responsável.

Podemos esperar um acompanhamento detalhado das autoridades, tanto brasileiras quanto italianas, sobre esse caso que promete desdobramentos significativos no cenário político do país.

Com as informações ainda em desenvolvimento, o que se espera é que tudo transcorra dentro da legalidade e que a verdade prevaleça em um dos casos mais complexos da atualidade no Brasil.

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